Simon Harris and James Ross
2007/10/30
Recursão...
Simon Harris and James Ross
2007/10/28
Percepção
2007/10/27
Verdes Anos
vou somente deixar-vos com um dos comentários que encontrei no youtube enquanto via este
clip
Se vier a ouvir alguem perguntar quem foi Carlos Paredes... Direi que não existiu; simplesmente porque sou ateu.
2007/10/26
Farol de Alexandria
Foste uma das sete maiores do mundo
O primeiro a ver navios perdidos
Iluminaste almas fracas
Acendeste a utópica fantasia
O sonho de viver eternamente
Viajaste pelo manto enublado
Que se entrepunha entre o mar e o além
Olhaste altivo sobre o mundo
Como alguém que cheira de perto o céu
Saltaste entre os anos seculares
Feito de pedra duro granito
Visto ao longe por mil olhares
Sóstrato foi o teu pai, tua mãe Ptolomeu
Superaste mil pesares
Foste o fogo que ardeu
Pelos ares pelos mares
2007/10/20
Thanks my love...
2007/10/18
De olhos bem abertos...
Há dias em que custa sempre um pouco mais manter os olhos abertos. O sol nem sequer se vê, as nuvens tapam todo feixe de luz que tenha ideias de nos trespassar a vista, apesar de tudo a luminosidade é incomodativa, faz com que aquelas pequenas rugas que temos na testa ganhem proporções fora do normal. Detesto estes dias, a gente quer andar com um sorriso rasgado e o máximo que acaba por conseguir é um riso amarelo à David Caruso, não é que tenha alguma coisa contra o homem, mas a verdade é que já está na hora de alguém dizer a este senhor que boa disposição simpatia e um pouco de humor não dão assim tanto trabalho e acabam por melhorar o nosso estado de espírito e o dia acaba sempre por nos correr da melhor maneira. Apesar de semicerrados os olhos, da inerente dor de cabeça devido à ausência de chapéu este dia correu de uma maneira tremendamente vulgar. Na verdade e de um modo paradoxal estes dias acabam sempre por ser especiais. Há sempre algo que quebra a monotonia, alguém que diz o disparate do século, há sempre oportunidade para esquecer o nome de alguém que trabalha no mesmo local que nós e passar por alguns segundos de um constrangimento estupidamente divertido. Há sempre uma hora do dia em que paramos para comer aquela sandes mista que nos sabe pela vida, o fiambre transforma-se em leitão e o queijo sabe melhor que um dos melhores laticínios franceses. Há sempre um pequeno pormenor que nos escapa há sempre uma novidade, algo novo que aprendemos, há alguém que nos confunde com um familiar e disserta as mais recentes novidades do seu primo que acabara de casar com uma gaja de profissão dúvidosa. Há a vontade de rir, de chorar, de cantar, de dançar, de não conseguir dançar porque a meio da tarefa a palhaçada inesperada sobrepõe-se aos passos de dança mecânicos. Há sempre alguém que nos desilude, há aqueles nos alegram, que nos aborrecem, mas nem mesmo aqueles que nos aborrecem são totalmente desprovidos de interesse. Quem é que nunca realizou uma curta metragem de terror à custa de certas e determinadas individualidades? Quem é que nunca desejou ver pendurado pelo pescoço aquele gajo que teima em vir contar as novidades da equipa de rugby da selecção da nova zelandia? Há dias chatos de facto, mas mesmo assim não deixam de ser dia, não deixa de haver luz e esperança que um dos feixes de protões nos leve para longe que nos transporte através da magnitude dos sonhos e nos deixe em estações paradisíacas! Quem nunca sonhou estar nas caraíbas a ouvir Zacarias Ferreira? (a parte do zacarias ferreira vai concerteza causar impacto) Podemos não ter passado as nossas férias nas caraíbas, podemos nunca ter tido sequer um mar translúcido como companheiro amigo que nos acolhe naquele espectante e melancolico por do sol de que nos lembramos sempre antes de deitar. Podemos não ter nada até. Mas temos a luz do sol, temos aquela sensação incomodativa do excesso de luminosidade que nos faz acordar para a vida. Que serve para nos lembrar que a RayBan existe já há muito tempo e que os olhos são feitos para se abrir, que nos mostra a possibilidade de consumir tudo o que nos rodeia, faz-nos sentir antes de deitar que tudo aquilo vivido naquele naquele foi chato, foi difícil foi até um caos, mas não deixa de ser único, não deixa de ser uma experiência e não deixa de ter luz.
2007/10/14
Tele Rural
Fica aqui um exemplo daquilo que me faz rir
Fotografia!
nos dois casos (aqui os fans de Leica, Olimpus e etc tem o direito à resignação). De qualquer das maneiras as técnicas apresentadas são universais e aplicam-se em qualquer tipo de máquina, desde que esta tenha a funcionalidade disponível. O livro está dividido nos seguintes capítulos:
- Pro tips for getting a really sharp Photos
- Shooting flowers like a pro
- Shooting weddings like a pro
- Shooting landscapes like a pro
- Shooting sports like a pro
- Shooting people like a pro
- Avoiding problems like a pro
- Taking advantage of digital like a pro
- Taking travel and city life shots like a pro
- How to print pro and other cool stuff
- Photo recipes to help you get the "photo"
2007/10/09
Mama Said
Mama, she has taught me well
Told me when I's young
Son, your life's an open book
Don't close it 'fore it's done
The brightest flame burns quickest
That's what I heard her say
A son's heart's owed to mother
But I must find my way
Let my heart go
Let your son grow
Mama, let my heart go
Or let this heart be still
"Rebel", my new last name
Wild blood in my veins
Apron strings around my neck
The mark that still remains
left home at an early age
Of what I heard was wrong
I never asked forgiveness
But what is said is done
Let my heart go
Let your son grow
Mama, let my heart go
Or let this heart be still
Never I ask of you
But never I gave
But you gave me your emptiness
that I'll take to my grave
Never I ask of you
But never I gave
But you gave me your emptiness
that I'll take to my grave
So let this heart be still
Mama, now I'm coming home
I'm not all you wished of me
But a mother's love for her son
Unspoken, help me be
Oh Yeah I took your love for granted
And all the things you said to me
I need your arms to welcome me
But a cold stone's all I see
Let my heart go
Let your son grow
Mama, let my heart go
Or let this heart be still
Let my heart go
Mama, let my heart go
You never let my heart go
So let this heart be still
Never I ask of you
But never I gave
But you gave me your emptiness
I now take to my grave
Never I ask of you
But never I gave
But you gave me your emptiness
that I'll take to my grave
So let this heart be still
Heroin
I don't know just where I'm going
But I'm gonna try for the kingdom, if I can
'Cause it makes me feel like I'm a man
When I put a spike into my vein
And I'll tell ya, things aren't quite the same
When I'm rushing on my run
And I feel just like Jesus' son
And I guess that I just don't know
And I guess that I just don't know
I have made the big decision
I'm gonna try to nullify my life
'Cause when the blood begins to flow
When it shoots up the dropper's neck
When I'm closing in on death
And you can't help me not, you guys
And all you sweet girls with all your sweet silly talk
You can all go take a walk
And I guess that I just don't know
And I guess that I just don't know
I wish that I was born a thousand years ago
I wish that I'd sail the darkened seas
On a great big clipper ship
Going from this land here to that
In a sailor's suit and cap
Away from the big city
Where a man can not be free
Of all of the evils of this town
And of himself, and those around
Oh, and I guess that I just don't know
Oh, and I guess that I just don't know
Heroin, be the death of me
Heroin, it's my wife and it's my life
Because a mainer to my vein
Leads to a center in my head
And then I'm better off than dead
Because when the smack begins to flow
I really don't care anymore
About all the Jim-Jim's in this town
And all the politicians makin' busy sounds
And everybody puttin' everybody else down
And all the dead bodies piled up in mounds
'Cause when the smack begins to flow
Then I really don't care anymore
Ah, when the heroin is in my blood
And that blood is in my head
Then thank God that I'm as good as dead
Then thank your God that I'm not aware
And thank God that I just don't care
And I guess I just don't know
And I guess I just don't know
Microsoft Excel...
multiplicações. Quando se fala da empresa Micro$oft, mais concretamente
do Mirco$oft Office, as cinco estrelas vão directas para o Microsoft
Excel, mas parece que não é bem assim.
Esta informação está a ser veiculada em muito sites, no entanto nem
sempre se dá a devida explicação, tudo tem uma explicação.
Vamos passar à prática, podem experimentar nas vossas máquinas desde que
possuam o Office 2007 e mostrar os resultados ao longo deste post.
Vamos lá então:
1) Comecem por colocar numa célula qualquer (exemplo A1) a multiplicação:
=850*77,1
Qual o resultado? 100000 ?!?
Estranho, usem a calculadora do Windows e verifiquem que o resultado dá
apenas 65535.
2) Passem agora para a célula B1 (por exemplo) e façam:
=A1-1
Mais estranho ainda, o resultado deu *65534* !!!!
Não deveria ser 99999 pelo raciocínio anterior?
3) Tentem lá agora, colocar na célula C1 a soma de mais uma unidade:
=A1+1
Bem, estou a ficar maluco!!!! Então agora o resultado dá 100001 ?!?!?
O Excel deve estar com uma depressão !!!!
4) Vamos lá fazer agora um cálculo para tirar as dúvidas. Por exemplo na
célula A4 faça o seguinte cálculo:
=C1-B1
Resultado 0 ????
Ou seja para o Excel 100001-65534 = 0???
Deixa-me cá desligar esta porcaria e fazer a conta no papel como
antigamente.
Outros testes que podem ser realizados:
=A1*2 devolve 131,070, como se A1 tivesse 65.535
=A1*1 continua a apresentar o resultado 100,000.
=A1/1 devolve 100,000.
=A1/2 devolve 32767,5.
Já nem sei o que continuar a escrever. Tou baralhado de todo !!!!
Vindima
O pequeno-almoço foi tomado logo a seguir ao levantar da cama, comi um pão com doce de figo acompanhado pelo típico café com leite, que a minha mãe faz desde os primórdios do universo. Enquanto comia a minha mãe tratava dos petiscos que iriam ser servidos durante o dia de trabalho,
O passo a seguir desta missão consistiu em vestir a roupa mais foleira e os sapatos/sapatilhas mais rotos que tivéssemos em casa para o trabalho no campo. Claro que o meu pai e meu tio (o irmão do meu pai) como profissionais da coisa que são foram equipados com as típicas galochas e roupas já preparadas para o efeito, ou seja camisolas, calças e camisas rotas. Depois de estar minimamente preparado para o dia de campo fomos buscar o meu tio Zé a casa. Na verdade não foi só ele que fomos buscar, trouxemos também 6 cestos uma escada e um tubo (daqueles que se usam para canalizar esgotos, que ainda não entendi para que serviu, se é que iria ter alguma utilidade) . Os cestos e o tubo couberam na carrinha sem grandes problemas, no entanto a escada foi sujeita a uma operação típica de um “Portugal no seu melhor”. Ainda bem que não apanhamos a polícia pelo caminho porque levar uma escada presa por fitas das caixas de bacalhau não me parec ser o método de transporte mais seguro
e estavam bastante doces. O dia foi tudo menos monótono. O trabalho não deu tempo para isso. O meu pai tem uma maneira muito peculiar de trabalhar na vindima. Basicamente apanha uvas como se o campo não fosse dele. Dá impressão que está a roubar alguma coisa. Sobe escada desce escada, chama para lhe esvaziarem o cesto sempre com uma pressa impressionante. O meu tio Zé é um verdadeiro senhor. Sempre na tanga. Quando diz qualquer coisa é sempre uma boca, normalmente o meu pai é quem as ouve. O dia foi de partir a rir por causa deste ex militar do ultramar (e não tem amor de mãe escrito no braço, nem Angola 74, felizmente). Até às 11 horas o dia uma tremenda confusão. Eu para além de andar com os cestos às costas ainda tinha de separar as uvas brancas das pretas. Parece trivial isto, pois mas não é! O que difere uvas brancas de uvas pretas não é o serem brancas ou pretas, porque havia uvas pretas que pela catalogação do meu pai eram brancas. Pior, passado algum tempo reparei que cada um dos três tinha uma definição para uva branca e uva preta. Eu andava meio perdido, de um lado para o outro a chatear o meu pai acerca da sexualidade dos cestos de uvas. Não havia lógica nenhuma na apanha, as vides de uva branca estavam misturadas com aquelas que iriam fazer vinho tinto e foi um despiste total. Apesade tudo e de muito chatear o meu pai, a missão foi levada (dentro dos possíveis) a cabo. O cesto a seguir é de uvas “brancas”
E aqui o cesto pronto a rilhar
A indústria de transformação era constituida pelos seguintes elementos, um lagar
Um cesto para onde escorria o vinho proveniente das uvas rilhadas,
E uma cuba onde se colocava (por via de baldes) o vinho que ia ficando depositado no cesto,
Muito simples o mecanismo! Bem mais reduzido que o da super bock, não!?
Passado algum tempo nesta rotina muito interessante, e que mais tarde me viria proporcionar um ligeiro ardor no ombro, vá-se lá saber porquê, veio a hora do "lanche" matinal,
Eu quando vi isto fiquei com a errada ideia de que este seria o nosso almoço, até porque já eram cerca de 11:30 e a gente já tinha cerca de 4 horas de trabalho nas costas. Mas passado cerca de duas horas fomos surpreendidos com mais um reforço,
O resto da tarde foi passado muito mais lentamente. Os dois manjares começaram a ter consequências no nosso desempenho, veio aquela moleza indiscritivel que faz com que a gente só se sinta bem encostado a qualquer coisa. Estar de pé era simplesmente desagradável. Quando tinha uma oportunidade para estar quieto aproveitava para registar fotográficamente aspectos que considero interessantes. Um dos pontos que acho importante referir prende-se pelo estado da industria de cabides portuguesa, está no seu melhor nível,
Se a industria do cabide se apresenta como o motor económico por estas bandas, por outro lado o comércio das cabaças também não lhe fica atrás,
são cada vez mais os bebedos a quererem recordar o sabor suave do álcool enqanto recordam façanhas do ultramar.
O dia acabou tarde, muito tarde, foi longo confesso, mas acabou em beleza, com umas pernas cheias de comichão, as unhas dos pés e mãos todas pretas, e uma fome desgraçada...
2007/10/07
Heart of Glass
Soon turned out had a heart of glass
Seemed like the real thing, only to find
Much to mistrust, love's gone behind
Once I had a love and it was divine
Soon found out I was losing my mind
It seemed like the real thing but I was so blind
Much to mistrust, love's gone behind
In between
What I find is pleasing and I'm feeling fine
Love is so confusing there's no peace of mind
If I fear I'm losing you it's just no good
You teasing like you do
Once I had a love and it was a gas
Soon turned out had a heart of glass
Seemed like the real thing, only to find
Much to mistrust, love's gone behind
Once I had a love and it was divine
Soon found out I was losing my mind
It seemed like the real thing but I was so blind
Much to mistrust, love's gone behind
Lost inside
Adorable illusion and I cannot hide
I'm the one you're using, please don't push me aside
We could made it cruising, yeah
It's just no good
You teasing like you do
2007/10/06
Loverman
There's a devil waiting outside your door (How much longer?)
There's a devil waiting outside your door (How much longer?)
And he's bucking and braying and pawing at the floor (How much longer?)
And he's howling with pain, crawling up the walls (How much longer?)
There's a devil waiting outside your door (How much longer?)
And he's weak with evil and broken by the world (How much longer?)
And he's shouting your name and asking for more (How much longer?)
There's a devil waiting outside your door (How much longer?)
Loverman! Since the world began
Forever, amen, till the end of time, yeah
Take off that dress, oh
I'm coming down, yeah
I'm your loverman, yeah
'cause I am what I am what I am what I am what I am
L is for LOVE, baby
O is for ONLY you that I do
V is for loving VIRTUALLY everything that you are
E is for loving almost EVERYTHING that you do
R is for RAPE me
M is for MURDER me
A is for ANSWERING all of my prayers
N is for KNOWING your loverman's going to be the answer to all of yours
Loverman! Till the bitter end
While the empires burn down
Forever and ever and ever, ever, amen
I'm your loverman
So help me, baby
So help me, baby
'cause I am what I am what I am what I am what I am
I'm your loverman
There's a devil crawling along your floor (How much longer?)
There's a devil crawling along your floor (How much longer?)
With a trembling heart, he's coming through your door (How much longer?)
With his straining sex in his jumping paw (How much longer?)
Ooh, there's a devil crawling along your floor (How much longer?)
And he's old and he's stupid and he's hungry and he's sore
And he's blind and he's lame and he's dirty and he's poor
Gimme more, gimme more, gimme more, gimme more, gimme more, gimme more (How much longer?)
There's a devil crawling along your floor
Loverman! Haha! And here I stand
Forever, amen
'cause I am what I am what I am what I am, hey
Forgive me, baby
My hands are tied
And I got no choice, no, no, no, no
I got no choice, no choice at all
I'll say it again
L is for LOVE, baby
O is for OH yes I do
V is for VIRTUE, so I ain't gonna hurt you
E is for EVEN if you want me to
R is for RENDER unto me, baby
M is for that which is MINE
A is for ANY old how, darling
and
N is for ANY old time
Loverman! Yeah, yeah, yeah! I got a masterplan, yeah
To take off your dress, yeah
And be your man, be your man, yeah
Seize the throne, haha
Seize the mantle
Seize that crown, yeah
'cause I am what I am what I am what I am, plus I am
I'm your loverman
There's a devil laying by your side (How much longer?)
There's a devil laying by your side (How much longer?)
My dink is asleep, take a look at his eye (How much longer?)
And he wants you, darling, to be his bride (How much longer?)
Yeah, there's a devil laying by your side (How much longer?)
Loverman! Loverman! Loverman!
I'll be your loverman!
Till the end of the time!
Till the empires burn down!
Forever, amen
I'll be your loverman
I'll be your loverman
I'm your loverman
I'm your loverman
Yeah, I'm your loverman
I'm your loverman
Loverman
I'm your loverman
I'm your loverman
I'm your loverman
Yeah, I'm your loverman
Yes, I'm your loverman
Loverman
Loverman
Loverman
Forever, amen
Loverman
(How much longer?)
Lua
Mais um dia que acaba
e a cidade parece dormir,
da janela vejo a luz que bate no chao
e penso em te possuir.
Noite após noite, ha ja muito tempo,
saio sem saber para onde vou,
chamo por ti, na sombra das ruas,
mas só a lua sabe quem eu sou.
Lua, lua,
eu quero ver o teu brilhar,
lua, lua, lua,
Eu quero ver o teu sorrir.
Leva-me contigo,
mostra-me onde estas,
é que o pior castigo
é viver assim, sem luz nem paz,
sozinho com o peso do caminho
que se fez para tras...
Lua, eu quero ver o teu brilhar,
no luar, no luar.
Homens de chapéu e cigarros compridos
vagueiam pelas ruas com olhares cheios de nada,
mulheres meio despidas encostadas à parede
fazem-me sinais que finjo nao entender.
Loucas sao as noites, que passo sem dormir,
loucas sao as noites.
Os bares estao fechados ja nao ha onde beber,
este silencio escuro nao me deixa adormecer.
Loucas sao as noites.
Leva-me contigo,
mostra-me onde estas,
é que o pior castigo
é viver assim, sem luz nem paz,
sozinho com o peso do caminho
que se fez para tras...
Lua, eu quero ver o teu brilhar,
no luar, no luar.
Nao ha saudade sem regresso, nao ha noites sem
madrugada,
Ouco ao longe as guitarras, nas quais vou partir,
na névoa construo a minha estrada.
Loucas sao as noites, que passo sem dormir,
loucas sao as noites.
Loucas sao as noites, que passo sem dormir,
loucas sao as noites...
2007/10/04
Matematix
Parece que foi ontem. A vida corre a uma velocidade estonteante. Lembro o primeiro dia que visitei Aveiro à procura de casa. Recordo ter visitado vários apartamentos para alugar e fixei a igualdade de expressão nas caras dos senhores quando dizia que tinha entrado em matemática. Agora, após ter presenciado em primeira mão a excentricidade (para não dizer desnorte total) de alguns do(c)entes compreendo a razão daquelas expressões tão estranhas. O curso não é realmente uma realidade agradável. Em primeiro lugar acho que toda a notação matemática está aos poucos e poucos a cair em descrédito. O rigor e grau de exigência exigidos aos alunos em cada raciocínio não se adequam à sociedade. É uma questão de tempo para que a associação de estudantes proceda à realização de uma petição para que o alfabeto grego usado tipicamente para denotar variáveis e funções seja substituído pelo alfabeto Moranguyce, descendente de um tipo muito específico de criolo misturado com calão de cascais. Se Riemman vivesse em Portugal certamente que a sua função deixaria de ser Zeta e passaria a dar lugar à função Beta. Mais, os livros deixavam certamente de ser tipicamente monocromáticos e passariam a ser em tons de rosa, a editora deixava de ser a Springer e passava a ser a Benetton, e no fim de cada página havia uma senha que habilitava o leitor a um sorteio de uma camisola da moda e um relógio swatch.
Toda a teoria de medida, topologia, álgebra fundamental e lógica matemática passariam a um grau superior de abstracção, uma espécie de Teoria Unificada. Esta filosofia extender-se-ia rapidamente por toda a Europa e todo o legado de Bourbaki passaria a chamar-se Matematix du Burbakito. Todos os artigos desta organização seriam publicados em fascículos, mas em roupas e vestuário diverso. Passaríamos a ver as definições impressas em meias e cuecas, as proposições seriam publicadas somente em t-shirts e camisas, enquanto que as demonstrações seriam colocadas nas diversas camisolas e calças. Quanto às conjecturas, bem estas seriam gravadas obviamente na parte de dentro das peças de vestuário. Afinal de contas não se pode divulgar algo que apresenta o seu carácter de validez indefinido. A matemática passou, passa, e irá passar sempre por uma tremenda crise, fruto da inflexibilidade dos mentores da matemática. A organização Casacabaki, sucursal de Burbaki em Cascais, promete revolucionar esta obscura ciência. Aquelas raparigas que desconhecem a razão pela qual a velocidade se apresenta como derivada do deslocamento, não têm mais com que se preocupar. A teoria unificada irá demonstrar que a maior parte dos resultados são na verdade relações de equivalência com uma proposição de trivial demonstração. Todo o arsenal matemático deixará de ser necessário pela simples razão de que,
Menox com menox da maix. :X ;)) ;@@ è x^4+y^4=z^4 ó :X--- ;/( + ADOrte;)D___D:D;
Ai que a matemática é tão kiduxa não é??
Não é tão mais simples assim!?
2007/10/03
É sempre da mesma maneira...
É sempre da mesma maneira. O corpo a início quase que chora com vontade de ficar quieto, mas há sempre algo mais forte que me move, que me impele precisamente na direcção contrária. O frio, a chuva, o cinza do céu são razões mais do que suficientes para convencer o comum mortal a repousar tranquilamente no leito de uma cama. Há muita gente que não entende. Eu entendo esta gente. Afinal de contas que prazer pode advir do frio da chuva e do sorriso triste das nuvens? Numa primeira análise somos todos convidados a concordar que o recanto iluminado por uma lareira é o melhor sítio para passar uma tarde, uma noite. Porquê sair em procura do vento? Porquê correr em direcção ao nevoeiro cinza que me abraça? Porquê beijar a chuva de olhos fechados e respirar o frio molhado que me enrijece as entranhas? Puro masoquismo para muitos! Aventura para outros. Prazer para mim.
É inacreditável o número de mundos que visito durante este passeio de sensações. De todas as vezes que o faço visito um planeta diferente um corpo celeste só meu. Salto de galáxia em galáxia em busca das fronteiras do universo, do meu universo. Viajo à velocidade da luz e sinto o tempo parar, nestes breves momentos eu sou um tudo escondido dentro dum nada. Sinto-me sozinho e único, sinto-me bem. O suor funde-se nas gotas que insistem em percorrer toda a ponta de corpo que tenho, sinto na pele um calor aconchegante, uma energia maior, que reage ao frio externo, uma vontade inacreditável de acordar para a vida, de a agarrar. Sorrir, correr, saltar. Aos poucos vou regressando desta viagem. Vou deixando gradualmente o turista que vagueia pelos meandros daquilo que sou, começo a sacudir os vestígios do ser alienígena que fui, resultado da mutação que vivi, que vivo todos os dias. Reabro os olhos e engulo o frio. Sorrio alegremente enquanto sopro um ar quente de esperança. Volto de novo ao meu lar e caio em mim, recolho e deito-me cansado, quente, feliz. Levo comigo o sono e a viagem que fiz, adormeço e recordo tudo num sonho, acordo mais tarde e sorrio outra vez.