2007/07/23

Moliceiro...

Estava para relatar também o dia de sábado, mas infelizmente a minha super máquina perdeu todas as fotos que tinha tirado. Eram somente cerca de 150. O dia de Domingo começou atribulado. Tinha dito há uma semana aos meus pais para darem um passeio até Aveiro para a gente conviver um bocado fora do ambiente amarantino. Bem como é típico os meus pais não me disseram nada e decidiram fazer-me uma surpresa. É verdade que eu gosto de surpresas, mas desta vez confesso que não vieram muito a calhar. Não deram grande jeito porque basicamente tinha combinado a meio da semana uma viagem de Moliceiro que me iria ocupar o dia todo de Domingo. Voltando ao assunto, os meus pais chegaram por volta das 9:30 a Aveiro, telefonaram-me dizendo, "filho, estamos cá em baixo!". Eu meio a dormir meio acordado, lá me dirijo à porta de entrada sempre com um olho fechado e sem entender muito bem o que se estava a passar. Lá lhes abro a porta e conto o que tivera programado para o dia. Eles ouvem e ficam com aquela cara de "foda-se vem a gente da terrinha para aqui para este palhaço dizer que tem de fazer outras coisas...", mas respondem com um "ah não há problema, ainda temos de levar a tua irmã ao porto, assim vamos mais cedo...". Eu devo dizer que adorei a visita dos progenitores, por um lado porque não os vou ver tão cedo nos próximos fins de semana e por outro porque dentro das rações de combate trazidas por eles vinha o seguinte,


sim, 400 gramas do melhor chocolate existente à face da terra. Depois de descarregas todas as rações e de umas risadas os meus pais foram-me levar à reitoria, lá encontrei-me com o resto da malta e caminhamos em direcção à Costa Nova. Passado algum tempo o resto das pessoas lá começaram por aparecer,


eu passei o tempo de espera a contemplar a agradável paisagem e a típica refrescante brisa marítima. Tive ainda tempo para ver um barco, como não sou entendido em náutica não sei precisar que tipo de embarcação é, sei no entanto que era à vela e que se chamava Beatriz, era invulgarmente bonita.

Para além da bela Beatriz, deu para apreciar os peixes que regozijavam na àgua, e aproveitei ainda para ver mais de perto a nossa embarcação.

Depois desta fase inicial de espera, acabamos por embarcar no Inobador. O ambiente era extremamente alegre. Como a maioria da malta passa o dia dentro de gabinetes o contacto com a natureza, com a brisa marítima e o convívio foi algo muito refrescante, o pessoal encontrava-se todo bastante relaxado e conversava de uma maneira bastante alegre.

A meio da viagem começou-se a sentir o efeito do calor e a necessidade de beber tornou-se visível. O pessoal aproveitou o barco, a àgua e algumas noções básicas de engenharia para colocar as bebidas nas condições ideais,

Devo desde já dizer que a única bebida encontrada dentro deste saco (havia ainda outro, do outro lado do barco de cor vermelha) era aquela bebida alcoólica de cor amarela e muito espumosa, alguns chamavam-lhe super, outros chamavam mini. Passado algum tempo, como o barco parecia ter uma boa estabilidade e o vento não se encontrava muito agressivo decidi tirar o kevlar laranja que trazia,
fui metade do caminho a gozar com o colete, imaginando um cenário de guerra, ainda fizemos um mini argumento todo à base da existência deste engraçado equipamento, o resto do caminho foi passado a tentar livrar-me dele. A porcaria do "kevlar" aperta o pescoço de uma maneira estupidamente incomodativa, razão pela o qual achei melhor tirar.
Sem colete, mas com t-shirt porque o sol estava bastante descoberto e a minha pele é muito marca cor de rosinha, lá continuamos a viagem, cujo trajecto era extremamente pouco intuitivo, ora tanto andavamos para a frente, ora andavamos para trás, ainda estou para entender a razão dos zig zags que andamos a fazer. No meio deste vai vem náutico aproveitei para tirar algumas fotos a embarcações que nos vizinhavam,

houve ainda tempo para testar alguns chapéus da moda, devo dizer que o cor de rosa não é bem o meu forte.
Passado cerca de uma hora de "vasco da gama trip", chegamos a uma espécie de ilha, ainda não sei muito bem do que se tratava ao certo. Aquilo supostamente deveria ser um sítio sossegado, mas passado algum tempo começaram a chegar vizinhos,


que tiveram a mesma ideia que nós, ou seja, visitar aguele lugarejo que era um misto de areia e lama. Eu sinceramente se fosse dono daquele barco escolhia um outro lugar para ir, mas pronto gostos são gostos.
Depois de descarregados os mantimentos, após preparado o primeiro manjar e deste ser avidamente devorado por todos os elementos da capitania foi hora de repouso.


bem pelo menos por alguns minutos. Como o sol do meio dia não é muito convidativo a sestas na areia a gente decidiu-se por um jogo de futebol misto. Metade rapazes metade raparigas e havia ainda um elemento muito engraçado, um puto, filho de um jurista que parecia alimentado a energia nuclear. Não parou nem por um minuto, passava a vida a berrar e ora corria atrás da bola ora corria em direcção à àgua ao mesmo tempo que tentava reproduzir uns truques manhosos aprendidos certamente nalgum programa infantil.

Após um bom tempo de futebol/karate/guerra_na_lama fomos outra vez para o relax. Aqui podemos ver o camarada Maximus a representar a sua tribo,


Lá para as 5 da tarde decidimos regressar, não por estar fartos do ambiente, porque na verdade a gente passava lá bastante mais tempo, mas porque o tio da dona Marta, o senhor que nos proporcionou a viagem, iniciava um trabalho qualquer por volta das 6.
Chegados de novo à costa nova pegamos nas tralhas e partimos para a parte do jantar, em casa da dona Vanessa. Preparamos o manjar (entenda-se o Amarelo preparou o jantar), as caipirinhas e ficamos mais uma vez a serenar enquanto conversavamos alegremente. O convívio acabou por volta da meia noite com uma conversa em torno da religião católica, uma conversa muito madura respeitadora e calma a condizer com o espírito que se praticou durante o dia todo. Deixo-vos com a foto que mais reproduz o espírito vivido.