2005/01/28

Esquecer...

É tarde, é noite cerrada
Está frio, a cidade esta gelada
Sinto-me quente
Sinto-me impotente
Sinto-me doente
Sinto-me dormente
Sinto que apesar de tudo,
Finalmente
Vou poder dormir descansado,
Vou poder repousar bem humorado
Vou reviver em paz
E deixar tudo pra tras
Tudo o que feliz me fazia
Tudo o que por ti sentia
Viver de novo na monotonia
Viver de novo sem sofrer
Viver para nao mais pensar
Naquele amor, no seu olhar...

Olimpo

Parei um dia frente ao por do sol
Parei, olhei, descansei e por fim
Adormeci, relembrando, sonhando
Acordei de novo, levantei e reparei
Que tudo o que sonhara se tivera tornado
Por breves, brevissimos momentos
Uma realidade que so eu vivera
Tudo entao fez sentido
Acabei por entender aquilo que sentira
Sentimento que nunca, nunca tivera
Sentimento alegre, feliz
Tenue aproximação ao olimpo
Fugaz passagem pela cidade dos deuses
Acordei de novo com maior felicidade
E assim vou acordando todos os dias
Feliz, contente, alegre com o que sinto...

Tempo

Passo os dias no escuro
Passo as noites em claro
Passam os dias e ai que duro
Passam as noites e eu desesperado
Parado, sentado, mortificado...
Pensando, revoltando, revivendo
Aqueles momentos de vida,
De alegria, que vagamente
Me acedem a memoria,
Que rapidamente se apagam
Sem história.
Momentos fugitivos, negativos
Momentos belos, fugazes, que magoam,
E em todos estes breves momentos
Me encontro desperto, aberto,
Sentado, parado, à espera
De um outro tempo
Que de momento
Não recomendo
O tempo que foge e não deixa
Espaço ao amor que em mim se queixa
Não há tempo, nem momento, não entendo...