Por entre aguas turvas
Por entre noites de tempestade
Vai o homem navegando
Vai andando, pesquisando
As entranhas do oceano
Vai pescar
Vai em busca de algo
Capaz de sustentar
Capaz de apaziguar
A fome de seu lar
Vai desesperado
Sem parar
Um só momento
Sem sequer hesitar
Não para, não pode parar
Vai sempre a navegar
Vai sempre para o mar
Enfrentando mil perigos
Enfrentando frio e fome
Confiando na sorte
Deixando tudo de parte
Deixando familia, entes queridos
É a vida de marinheiro
Sem descanso
Sem dinheiro
Com coragem
Com força
Com vontade de vencer
O mar, os seus perigos
As armadilhas da natureza
Para somente
Vencer a pobreza...
2005/03/02
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