2005/02/28

Definição, acto de definir...

Hoje acordei com uma vontade enorme de pesquisar significados novos no dicionário! Aproveitei o dicionário online disponibilizado pela porto editora e escrevi palavras ao calhas para saber exactamente o significado destas. Perguntei a mim mesmo o porquê da existencia do dicionário! Tive então a ideia de ir ao dicionário ver o significado exacto de dicionário! A definição de dicionário é a seguinte:

conjunto dos vocábulos de uma língua ou dos termos próprios de uma ciência ou arte, dispostos por ordem alfabética e com a respectiva significação ou a sua versão noutra língua.

Continuei com a pesquisa até que tive outra ideia! Pensei em ir ver ao dicionário o significado de definição, o resultado foi o seguinte:

acto de definir; significado.

Esta definição intrigou-me! Pois esta recorre à palavra definir para explicar o que quer dizer a palavra definição. Fui então ver o significado da palavra definir, eis o resultado:

dar a definição de;

Representando o que acabo de dizer esquematicamente vem:

Definição = acto de (definir=dar a definição) = acto de dar definição.

Definição = acto de dar definição

Foi este o significado que eu encontrei para a palavra definição! Ou seja não chegei a lado nenhum! Isto acontece porque a palvra foi definida recorrendo a ela própria! Isto acontece porque o vocabulário é finito! Quando definimos uma coisa, ou seja explicamos o sentido desta, fazemo-lo recorrendo a outras palavras, que por sua vez são definidas recorrendo a outras e assim sucessivamente. Como o vocabulário contem um número finito de palavras faz com que a partir de um certo momento este raciocínio entre em ciclo, como o que mostrei agora mesmo. Isto mostra a inconsistencia das definições! Não conseguimos definir as coisas sem, a partir de um certo momento, entrar em ciclo! Com este problema surge a necessidade de partirmos do princípio de assumir que sabemos o significado de certas palavras, para a partir destas podermos definir as restantes! Concluimos portanto que existem palavras cujo significado são elas mesmo! Se me perguntarem o que quer dizer definir eu simplesmente respondo, definir é isso mesmo.

2005/02/27

Livro...

Mundo de sensações
Fonte de cultura e de saber
Páginas de ciência
Nascente do prazer
Crónica da vida
Trabalho de uma vida
Vida de um trabalho
Palavras de emoções
Emoções, sentimentos, pensamentos
Índice do amor
Bibliografia do amar
Resumo do parar
Do parar de amar
Parar de escrever esta vida
Deixar de narrar este livro!
Deixar em rascunho o passado!
Findar a obra sem fim
Começar um novo capítulo
Começar com mais esperança
Começar um novo livro...

2005/02/24

Sombra...

Encontro-me deitado
A repousar!
Abraço toda a luz
Que insiste em entrar pela janela
Penso em mil coisas
Ao som de uma musica de embalar
Procuro por entre toda a sombra
Que me envolve
Um pouco da tua claridade.
Faço da lua a luz
Que não para de brilhar
Que como tu, teima
Em não se apagar...

Noite densa...

No meio da escuridão,
Desta noite densa,
Lembro a luz,
Capaz de me guiar
Fecho os olhos e relembro
O brilho do costume!
Faço dos teus olhos
A minha bússola
E do teu ser a minha estrela
Que me guia pelo meio de nenhures
Abro os olhos.
É dia...

Impossivel chatear-me...

Impossível! Que raio de palavra esta! Impossível? Como definir o impossível, o que é o impossível, para que definir uma coisa que não acontece!? Será que tem interesse dar-mo-nos ao trabalho de pensar num conceito que não tem concretização? Sim porque o impossível não acontece, logo para quê nós pensarmos nele!
A estas horas, o leitor que por azar deu por si a ler estas palavras vãs deverá estar a pensar uma coisa do género: Mas que raio de conversa é esta? Será que este gajo pirou de vez?
Pode ser que seja isso caro leitor, pode ser que a minha racionalidade tenha fugido e eu tenha perdido a capacidade de articular coerentemente os pensamentos e ande por aqui a divagar sem fim! Ou toda esta conversa pode ter origem no sono que transporto aliado às 2:30 da manha hora que me encontro ainda sem conseguir dormir! Permaneço inquieto! Permaneço intocável! Sinto que nada, ninguem, acontecimento algum é capaz de me chatear! Estou para aqui entorpecido, levando a mente para todo o lado e ao mesmo tempo não parando em lugar nenhum de onde o pensamento me leva! Estou pedrado? Pode ser! Sim é bem provavel que seja isso! Diria mais! Estou pedrado de tristeza e desilusão! Estou incrédulo com a realidade que se aproxima infinitamente da utopia admiro com assaz incredulidade a proximidade tangencial da razão ao absurdo! Sinto que tudo o que digo é absurdo. mas ao mesmo tempo dotado de uma racionalidade ímpar! Imagino toda a razão munida intrinsecamente de loucura e absurdo! Tudo isto que acabei de dizer é um espelho do que me vai na alma quando sou interpretado pelas pessoas como louco, pessoa incapaz de se guiar pela razão humana!
Sim há pessoas que, infeliz ou felizmente olham para mim de uma maneira totalmente estranha! Olham para mim, interpretam todo o meu comportamento como se este se encontrasse totalmente fora dos parametros padrão de comportamento! Não, não me estou aqui a queixar! Não estou para aqui a lamentar por alguns espécimes humanos (devo dizer que raros) não compreendam nem aceitem sequer o meu comportamento! Eu tenho é pena deles! Tenho pena que a sua falta de humor descomunal, a sua fraca vontade de viver, a incapacidade de compreender a maneira de ser de cada um! Estes sim são infelizes! Vivem a vida inteira recriminando-se por nunca se conseguirem afirmar a si próprios! Passam a vida inteira a pensar naquilo que as outras pessoas poderão, eventualmente, pensar deles! Se faço isto então... E se faço aquilo logo...! E fodasse não? E puta que pariu esta merda, também não? Viver a vida de modo intenso? Será que esta ideia alguma vez lhes varreu aquela ervilha destes seres que no resto dos humanos designamos vulgarmente por cerebro? Não axo que não! É por isso que continuo feliz no meio da minha loucura! É no meio de toda esta maluqueira que encontro toda a sanidade necessária para o meu equilíbrio indispensável...

2005/02/23

Mas que raio é isto...

Noutro dia um amigo meu veio-me convidar para ir a um jantar de uma antiga associação lá da terrinha! Confesso que gostei da ideia! É sempre bom quando as pessoas se lembram e combinao uma mega reunião onde vimos cara que não fazem parte do nosso quotidiano! É sempre bom reviver velhos amigos e lembrar antigas brincadeiras e experiencias. Sim, fiquei surpreso, mas ao mesmo tempo contente com a ideia de reencontrar toda uma gente que não pensava ver tão cedo!
Eis que chega o fabuloso dia combinado. Ficamos todos de ir jantar a um antigo restaurante e pagamos todos o suficiente para nos servirem cabrito, bacalhau, polvo, anho e ainda sobrava para alimentar metade da cidade. Quando vi o preço do jantar pensei que se tratasse de um casamento, mas como eu adoro comer e não olho ao preço no que diz respeito à alimentação, em contrapartida como é de esperar, dado que dou o necessário exijo que me sirvam proporcionalmente gosto de comer bem, quer em qualidade, quer em quantidade. Pois é! Não comi nada, e o pouco que comi não valia ponta de corno! É verdade! Mas que raio de jantar é este?? Podiam ter avisado que eu comia em casa primeiro e ia lá só fazer mesa! Posteriormente vim a saber a razão pela qual o jantar tinha sido a completa desgraça! É que na verdade o jantar não tinha como objectivo reunir todas aquelas pessoas para confraternizarem entre si! Infelizmente este foi um pretexto para meia duzia de sócios daquela malfadada associação arranjarem maneira de saldarem uns calotes que adquiriram há já algum tempo!
É triste! É muito triste quando as pessoas tem a coragem para fazer este tipo de brincadeiras com as pessoas! Sim isto é uma brincadeira, para não falar em falta de respeito, e estupidez! Falta de respeito porque isto não se faz a ninguem, quanto mais a pessoas conhecidas e supostamente de grande estima, e ainda por cima de uma estupidez assombrosa dado que as pessoas não são estúpidas e rapidamente se deram conta do embuste!
Gostava que pelo menos o dinheiro adquirido naquele jantar fosse o suficiente para saldar a maldita conta, sim, porque o jantar em si foi uma farsa completa e era bom saber que o dinheiro gasto tinha sido util em alguma coisa...

2005/02/13

Honestidade...

Já não me lembrava da sensação de falar para um computador! Não estou a programar, nada disso! Quando digo falar refiro-me simplesmente a coisas como este texto que escrevo agora mesmo. Andei algum tempo envolto em pensamentos turvos e não conseguia assentar ideias de uma forma racional. Não conseguia parar para pensar coerentemente. Paralelamente a tudo isto andei este tempo todo em que me ausentei a tentar encontrar a razão desta minha ansiedade, deste meu inquietamento! Tentei, constantemente, desvendar o segredo que subjaz todo este meu enjoo de mau estar. Tentei, procurei e finalmente encontrei o virús! O verme responsável por toda esta minha tempestade psicológica era simplesmente o factor honestidade. A verdade é que eu, inconscientemente, não fora totalmente honesto para uma pessoa que me é muito especial e muito querida. Com esta falha profunda no meu comportamento estava a entrar num remoinho doentio que estava a levar-me cada vez mais ao desespero. Desespero este que tinha origem no facto de eu saber que estava agir de uma forma não muito digna e não ser capaz de alterar o meu comportamento. Finalmente este problema acabou! Deixei de agir de forma repreensível e passei de novo a estar bem comigo próprio!
Aprendi mais uma coisa hoje! NUNCA DEVO DEIXAR DE FAZER O QUE ESTÁ CERTO.
Independentemente das consequencias que daí possam advir. Por muito graves que sejam nunca são superiores ao mau estar que temos que suportar. A consciencia pesa mais do que o podemos imaginar...