2007/08/07

Domingo no Buçaco

O domingo inciou-se igualmente cedo! Se há coisa que os meus pais gostam é levantar o cu da cama o mais cedo possível. Às 8:qualquer_coisa já estavam a tocar à campainha. Felizmente o meu horário está regulado para acordar aquelas horas. Como o dia estava muito cinzento a gente ficou impossibilitado de passar o dia na praia, sob pena de apanhar uma pneumonia e um escaldão ao mesmo tempo. Felizmente o meu pai teve a brilhante ideia de visitar a zona do Buçaco. Para mim toda aquela zona, incluindo o caminho até lá era um mergulhar total no desconhecido. Não fazia a minima ideia do que iria ver. Devo dizer que não estava lá muito optimista, primeiro porque o nome Buçaco é tudo menos épico, depois porque com o nevoeiro que estava, a vista ficava limitada a alguns metros de distância.

Fizemos uma viagem agradável até à zona turistica mencionada. Decidimos estacionar o carro fora da zona concessionada e percorremos o resto do caminho a pé. Na minha sincera opinião, não entendo porque é que o pessoal paga 2,5 € para entrar com o carro, aquilo só tem piada se for a pé ou de bike para podermos ter a oportunidade de entrar no meio dos segredos escondidos na vegetação. Para além do nevoeiro, que fazia acreditar no regresso do rei, o tamanho e a idade das árvores que se levantavam do chão era algo incrível,

Passado alguns metros de cenário medieval avistei á minha esquerda uma casa que me fez lembrar a da avó do capuchinho vermelho,

andamos mais algumas dezenas de metros e acabamos por nos deparar com uma bela escadaria,

não sei porquê, mas quando olhei para cima fiquei com a sensação que iria suar, mas na verdade é mais o aspecto da subida e o fade off da imagem causada pelo nevoeiro que outra coisa. A subida fez-se facilmente e não nos causou nenhum tipo de problemas cardio-respiratórios, podemos portanto prosseguir a nossa visita de uma maneira muito tranquila. O próximo elemento de registo é algo bastante vulgar, uma placa a sensibilizar as pessoas para não interagirem de uma maneira destrutiva com o meio ambiente. Não foi a mensagem em sí que me captou a atenção, mas sim a tipografia da mesma. Ao ver o desenho da letra na pedra lembrei-me de imediato a escola da Folhada e os sumários que escreviamos diariamente.

Algumas dezenas de metros acima avistamos a zona mais popular desta zona. O hotel do Buçaco as casas vizinhas e o respectivo jardim.

Passamos aquí algum tempo, eu tentei por várias vezes reanimar a minha digital, mas as pilhas insistiam em não dar resposta. Felizmente a técnica ciencificamente comprovada do retira_as_pilhas_e_volta_a_meter_passado_algum_tempo funcionou na perfeição. Na viagem de regresso ao carro passámos por uma capela que me fez lembrar uma que vi em Sintra, perto do palácio de Monserrat,

antes do parque natural passamos pelos wc locais porque a gente sentia as necessidades biológicas a falarem mais alto. Foi então que tive o prazer de lembrar de novo os meus tempos de primária, mais propriamente o meu dom natural pro desenho,

Passados alguns minutos estavamos dentro do carro na viagem de volta a Aveiro. Como o meu pai é um aventureiro no que diz respeito a almoços e jantares, aproveitámos para visitar um restaurante que habitava a zona de Águeda (se não me engano). Devo dizer que a qualidade da comida, assim como o atendimento eram de boa qualidade, o mesmo não pudemos dizer do tempo de espera. A gente esperou quase uma hora e meia para que a comida chegasse. A meio ainda se questionou a possibilidade de pedir o livro de reclamações, mas assim que os estômagos ficaram cheios, toda a revolta inerente à fome acabou por se dissipar. Neste almoço houve duas coisas interessantes a notar. Em primeiro gostava de referir a qualidade do bom vinho de Amarante,

é de tal forma elevada a natureza deste vinho que o meu pai é sempre tentado a pedir o baco da nossa terra Natal. Algo também interessante foi o aumento da boa disposição por parte da minha mãe, que até então se fartou de resingar pelo exagerado tempo de espera, acabando o jantar com uma decoração bem ao seu estilo,

Passado algum tempo la conseguimos pagar a conta, e passado algum tempo após a partida deste lento restaurante chegamos de novo ao bairro de Santiago. Estivemos um bom bocado de tempo na conversa, vimos as fotos enubladas do buçaco e lá nos despedimos por mais uma semana.

Apesar de ser a minha mãe a fazer anos esta semana (e sim eu já lhe dei o um presente) ela tinha de me surpreender de alguma maneira, desta vez foi com duas saladas, uma de laranja e maçã e outra de presunto,