Poeira no ar, cinza no ar, fumo e uma cenário desagradável em demasia. A primeira coisa que passou pela cabeça foi, se fosse um cozinheiro diria que o dia hoje começou com uma manhã em forma de salada russa, a tarde um autêntico ensopado de nabiças e a noite está-se a revelar uma fantástica roupa velha. Os incêndios são uma praga terrível. De todas as catástrofes que me invadem a mente os bailaricos de chamas que invadem as matas são aquelas que mais me chateiam. Há uma extensa gama de pesadelos naturais. Lembro-me por exemplo dos sismos. Não entendo porque consideram os tremores de terra uma catástrofe. Um sismo não é nada mais nada menos que o nosso querido planeta terra num arrotar a alho, é como que um peidinho. Não podemos censurar a mãe natureza de fazer uso das suas necessidades biológicas. Mais, é sabido que anda por aí muito empreiteiro a desrespeitar muita da regulamentação e leis de construção civil. Quanto mafarrico armado em esperto não se dedica à contrução de edifícios com metade do cimento e o dobro da areia? O nosso amigo sismo é um identificador de mafarricos. Os gajos fazem construções javardas e o sismo que tem um google mafarrico, mais conhecido por googlerrico, um poderoso motor de busca de mafarricos, detecta uma certa percentagem de construções mafarricas levanta-se do seu enorme trono e manda as casotas todas a baixo. Parece-me justo. Na verdade o nosso amigo sismo havia de nos visitar mais vezes. Ainda no tema catástrofes naturais podemos encontrar aquilo que muitos chamam por cheias. Na minha opinião as cheias são tudo menos catástrofes naturais. No que respeita a água acredito que mais nunca é demais. (tirando obviamente no dia de carnaval do rio de janeiro. Aí realmente não convém nada que chova, queremos é calor. Hum.. que rico carnaval) As cheias (assim como as bundas brasileiras) são dos mais valiosos bens que temos ao nosso dispor. Quantas vezes a gente quer passear numa tarde de domingo e não consegue parar em lado nenhum porque não há estacionamento disponível? Quando há cheias não há nada disto. Não há carro que fiquei mais de dez minutos no mesmo sito. Melhor ainda, temos a fantástica oportunidade de experimentar o barco de borracha sem ser preciso andar quilometros até ao rio ou mar. Já que se falou em cheias e sismos não podia deixar de falar dos furacões. Este é mais um exemplo que não entendo. O pessoal considera os furacões uma tragédia natural. Como é possível.? Tragédia natural é ligar a televisão e dar de caras com o Claudio Ramos (foda-se até me custa dizer o nome) . Ventos agrestes são aqueles emanados pela boca de coisas como aquela estrutura estranha designada vulgarmente por Castelo Branco. Isto sim são tragédias naturais. Um furacão não passa de um fogo de artifício de baixo orçamento mas de muito maior impacto. Repare-se que o fogo de artifício se resume ao atirar de coisas ao ar que causam alto impacto visual e sonoro. Ora num furacão temos exactamente o mesmo princípio. Em vez de termos foguetes a voar temos carros, telhados de casas galinheiros e gente surda que não pela visita do nosso amigo. Na verdade um furacão não passa de um espetáculo gratuito que a nossa mãe natureza nos concede. Quantos de nós não fomos a concertos de metal? Para mim é mais prejudicial assistir a um concerto de Slipknot do que à dança do Katrina. As pessoas queixam-se com o governo pelo fecho das maternidades, apontam o desemprego como factor preocupante na sociedade em que vivemos mas esquecem todo o dinheiro gasto no carnaval da madeira. Custa alguma coisa encomendar um furacão e uma tempestade para fazerem uma visita ao Alberto João? Em vez de ver o Alberto num carro, todo fantasiado e rodeado de gajas boas a abanar o cu, em volta dele tinhamos um cenário muito mais eloquente, um verdadeiro hino a César. Já imaginaram o grandioso espetáculo que seria ver o Alberto João a voar no meio do furacão vestido de Maria Amélia e a gritar ai maezinha anda-me tirar daqui. Depois de aterrar no meio de um campo de milho tinha ainda os trovões a comerem-lhe no cu.
Sismos, terramotos, tempestades é tudo malta amiga...
2008/02/03
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