2007/09/19

The longest road

You lie in your bed like a submarine
With an open window letting the water in
A voice in a choir
A flicker of a fluorescent tube
An injured bird around the room
That was caught in the wire
So don't you go playing tough
I know this game and I had enough
So lets keep this clear
Free from all those little schemes
A little bit more like... dreams

Oh it's right in front of you
The longest road for you to walk through
If this is the place to start
Then go, follow your heart

You're famous for your dancing feet
But you're tap dancing on wet concrete
Hey Fred, cool it down

You're pointing cameras at hurricanes
Like you could stop them, lock them in frames
A scream with no sound

So don't you go and be the best
There's no one running, this ain't a test
It's you and me here

This is like nothing you've seen
Like a nightmare, like a dream

Oh it's right in front of you
The longest road for you to walk through
If this is the place to start
Then go, go, follow your heart
Follow your heart
Follow your heart

Senhor david da fonseca na sua estrada mais longa...

É isso aí...

Sorriso de Criança


Lembras-te de como tudo era fácil quando tinhas dez anos? Era tudo de uma simplicidade assustadora. O conceito “não é bem assim” não faz parte do vocabulário dum ser desta idade. Toda a acção tomada é baseada no instante, no ímpeto aleatório da altura. O tempo é totalmente ignorado, não há hora para isto nem hora para aquilo. O preenchimento do dia era feito de uma maneira quase independente do anterior e do seguinte. Nestes tenros anos de vida vives cada dia, cada momento como se este fosse o último. Jogas à bola, ao pião à apanhada e entregas tudo o que és, não pensas no que vais a fazer a seguir, na verdade isso não faz grande sentido dado que estás a descobrir o mundo em que vives, experimentas tudo, questionas tudo, observas e analisas tudo, tudo é interessante e digno de observação. As responsabilidades da tua vida de adulto não existem para a tua criança pequena. Preocupações, frustrações, problemas acumulados não são elementos que façam parte da tua mente limpa enquanto jovem humano. A tua mente pequena é ágil e sedenta de saber. Estás sempre desperto e receptivo à novidade, ao diferente. Sentes tudo aquilo que fazes, o que te acontece em redor, com uma intensidade mil vezes superior. Apesar de sozinho não seres nada, crias um mundo teu cheio de beleza, cheio de interesse que agarras com toda a força que te auto catapulta para uma realidade de liberdade, imaginação imensamente bela. Olhas atento ao mais pobre programa televisivo e absorves tudo com um interesse incrível. Deixas a análise racional para segundo plano e dás asas a sonhos que crias, vives esses sonhos como se fossem realidade, no fundo são realidade, nesta altura tens a capacidade de encarnar um cavaleiro do Zodíaco, um Songoku, um Tsubasa.

A vida tem um sabor tremendamente doce, o sorriso é algo que não consegues esconder porque a avidez de vida que sentes é algo que te cai fora do controlo. Cresces, aprendes, experimentas e torna-se adulto. Tens tudo para evoluir, mas tendes de uma maneira inacreditável a esquecer o poder dos sonhos e do sorriso, a deixar para trás a vontade de viver o dia como se fosse o último, de sorrir perante o que quer que seja, há muitas vezes a tendência de te deixares ir abaixo pelo acumular de micro problemas que te vão abatendo o espírito e minando o equilíbrio mental. Tendes progressivamente a esquecer o que é ser feliz, deixas gradualmente os sonhos de lado e vais ficando cada vez mais escuro, negro de nada. O que és tu sem sonhos? Sem o sorriso verdadeiro e traquina daquilo que foste enquanto sábia criança de dez anos? Na minha modesta opinião, não és mais que um saco cheio de pó, um sabor a mofo, uma brisa de seca poeira, um espelho a apontar para lado nenhum. És uma bússola sem rumo que tende a perder-se cada vez mais. Procuras muitas vezes na razão a explicação para os problemas e deixas-te vencer pelo cansaço. Pensas que evoluis mas estás na verdade a caminhar em sentido oposto. Para crescer e ser feliz tens de preservar a criança que foste, tens de esquecer os problemas do mundo e focar o problema imediato, segmentar os desafios e abordar um esquecendo os demais, divide e conquista, vence a frustração e o mau estar com a esperança, com a sede de viver daquilo que foste quando tinhas dez anos. Olha para os problemas como a hora do trabalho de casa, e repara que a hora do recreio está sempre à tua espera.