2005/02/24

Sombra...

Encontro-me deitado
A repousar!
Abraço toda a luz
Que insiste em entrar pela janela
Penso em mil coisas
Ao som de uma musica de embalar
Procuro por entre toda a sombra
Que me envolve
Um pouco da tua claridade.
Faço da lua a luz
Que não para de brilhar
Que como tu, teima
Em não se apagar...

Noite densa...

No meio da escuridão,
Desta noite densa,
Lembro a luz,
Capaz de me guiar
Fecho os olhos e relembro
O brilho do costume!
Faço dos teus olhos
A minha bússola
E do teu ser a minha estrela
Que me guia pelo meio de nenhures
Abro os olhos.
É dia...

Impossivel chatear-me...

Impossível! Que raio de palavra esta! Impossível? Como definir o impossível, o que é o impossível, para que definir uma coisa que não acontece!? Será que tem interesse dar-mo-nos ao trabalho de pensar num conceito que não tem concretização? Sim porque o impossível não acontece, logo para quê nós pensarmos nele!
A estas horas, o leitor que por azar deu por si a ler estas palavras vãs deverá estar a pensar uma coisa do género: Mas que raio de conversa é esta? Será que este gajo pirou de vez?
Pode ser que seja isso caro leitor, pode ser que a minha racionalidade tenha fugido e eu tenha perdido a capacidade de articular coerentemente os pensamentos e ande por aqui a divagar sem fim! Ou toda esta conversa pode ter origem no sono que transporto aliado às 2:30 da manha hora que me encontro ainda sem conseguir dormir! Permaneço inquieto! Permaneço intocável! Sinto que nada, ninguem, acontecimento algum é capaz de me chatear! Estou para aqui entorpecido, levando a mente para todo o lado e ao mesmo tempo não parando em lugar nenhum de onde o pensamento me leva! Estou pedrado? Pode ser! Sim é bem provavel que seja isso! Diria mais! Estou pedrado de tristeza e desilusão! Estou incrédulo com a realidade que se aproxima infinitamente da utopia admiro com assaz incredulidade a proximidade tangencial da razão ao absurdo! Sinto que tudo o que digo é absurdo. mas ao mesmo tempo dotado de uma racionalidade ímpar! Imagino toda a razão munida intrinsecamente de loucura e absurdo! Tudo isto que acabei de dizer é um espelho do que me vai na alma quando sou interpretado pelas pessoas como louco, pessoa incapaz de se guiar pela razão humana!
Sim há pessoas que, infeliz ou felizmente olham para mim de uma maneira totalmente estranha! Olham para mim, interpretam todo o meu comportamento como se este se encontrasse totalmente fora dos parametros padrão de comportamento! Não, não me estou aqui a queixar! Não estou para aqui a lamentar por alguns espécimes humanos (devo dizer que raros) não compreendam nem aceitem sequer o meu comportamento! Eu tenho é pena deles! Tenho pena que a sua falta de humor descomunal, a sua fraca vontade de viver, a incapacidade de compreender a maneira de ser de cada um! Estes sim são infelizes! Vivem a vida inteira recriminando-se por nunca se conseguirem afirmar a si próprios! Passam a vida inteira a pensar naquilo que as outras pessoas poderão, eventualmente, pensar deles! Se faço isto então... E se faço aquilo logo...! E fodasse não? E puta que pariu esta merda, também não? Viver a vida de modo intenso? Será que esta ideia alguma vez lhes varreu aquela ervilha destes seres que no resto dos humanos designamos vulgarmente por cerebro? Não axo que não! É por isso que continuo feliz no meio da minha loucura! É no meio de toda esta maluqueira que encontro toda a sanidade necessária para o meu equilíbrio indispensável...