2007/07/10

Taj Mahal


Levaste vinte e dois anos de parto
Consumiste vinte e dois mil homens de força
És corpo sólido, maciço mármore angelical
Um majestoso monumento funerário
De linha esbelta, primordial
Obra grandiosa, excelsa em harmonia
Imperial, grandioso, encantador
Elevas ao som do vento a fantasia
Nobre mausoléu que adorna Agra
Abraças o Yamuna, o longo rio
Que corre ao mar trazendo Banu
Falas a lingua do Corão
Escreves a vermelho em fio fino
O que vai no coração
A pintura do platónico
Do sentimento inconfundível
Tristeza, mágoa, pesar
Paixão, saudade, alegria memorável
Encerras em ti a maior
Viva prova de amor
Transpiras força, magnanimidade
Um leve cheiro, quase odor
E findas nessa tua intimidade,
Sombria, escura, taciturna
A revolta da prematura partida
Daquela jovem, de tenra idade
Da tua eterna prometida