2006/09/12

A derrota...




Trazes contigo a dor a mágoa...
Pesar imenso, amargura
Levas de mim toda a vontade de viver
Nutres em mim
A vontade imensa de deixar
Tudo para trás, de partir...
Nasce em mim um novo intento
Que me enceta um novo alento
Uma vontade de ganhar, conquistar
Aquilo que me fugiu...
Aquilo que nunca tive...
Nuvem que tiras de mim a razão
Cegas-me o juízo, ponderação...
Obstruis-me de furia, tapas com raiva
O meu ser...
Fazes de mim um animal, irracional..
Um demente, privado de razão
Cobres-me a mente a alcatrão...
Transformas o que me rodeia
Descobres uma realidade
Escura, triste, sombria...
Cenário melancólico, tenebroso
Num movimento alcoólico, temeroso
Articulo as primeiras expressões
Deixo escorrer as emoções
Fujo daqui cambaleante
Procuro o ser infante
O menino, criança, esperança
Segunda virtude teologal
Vontade de viver, nova moral...

2006/09/11

A inversa proporcionalidade...



O assunto de hoje é tudo menos original... A questão que se coloca hoje é: "Quando eu nao queria nada com ele(a), ele(a) andava atras de mim, agora está-se basicamente nas tintas para a minha existência!". Quem não sabe do que estou a falar pode deixar de ler isto imediatamente, os restantes... bem os restantes ja devem ter passado muitas horas a tentar explicar o porquê deste triste facto que acompanha a maior parte (para não dizer todas) das pessoas à face da terra. Bem a resposta obviamente que não é nem pode ser uma só, cada caso é um caso, como é natural, no entanto todos nós temos uma opinião formada e lá no fundo encontramos uma explicação para o facto. Bem eu não sou diferente das restantes pessoas e também tenho uma tese sobre o assunto. Eu imagino isto como uma balança, em que o peso é a atenção que nós damos à outra pessoa e os pratos da balança são nada mais nada menos que as pessoas da relação em questão. Quanto mais atenção, importancia damos à outra pessoa mais "peso" exercemos sobre ela e maior é força com que a impelimos fora do prato e a fazemos saltar da balança (aqui representando a relação). Moral da história devemos manter a balança equilibrada, não dando atenção de mais nem de menos. Equilibrando esta inversa proporcionalidade. A esta hora voces devem estar para aí a pensar quaquer coisa do género! Tu és um artolas de primeira, deves achar que essa tua teoria tem alguma razão... Eu fiz tudo como devia fazer na minha última relação e ela mandou-me dar uma volta com o primeiro que viu... Pois isso acontece a todos, quero ja dar os meus pesames a quem teve este raciocinio, nao o desejo a ninguem. Bem este cenario é real e obviamente não entra na explicação da balança. Mas então o que é que se passa? É muito simples o peso que puseram na balança nao cabe no prato da balança... Por várias razões! Ou por a(o) parceira(o) nunca ter gostado de si. O que é mau e voce ja devia ter dado conta disso (ja deixava de ser tanso(a)). Ou porque basicamente (como pode ver em
"melhor" encontrou alguem "melhor"... Em muitos casos realmente a pessoa por quem foi trocado(a) é substancialmente melhor que voce (entao melhor que eu é de certeza) e neste caso voce não tem nada a fazer senão ficar feliz pela outra pessoa e dar umas cabeçadas na parede para esquecer o triste episodio, este é o pior dos casos. Existe ainda outro caso quando voce é trocado por uma pessoa que aparentemente não é melhor em nada. Como é possivel? São varias as razões e normalmente nos nunca chegamos a saber porque, apesar de tudo há uma razão que explica muitos dos casos. A outra pessoa é diferente de voce... Simplesmente isto, há pessoas que com o passar da relação vão ficando cada vez menos interessadas porque se por um lado conhecemos melhor a pessoa por outro tambem é verdade que esta cada vez menos nos surpreende vai ficando cada vez menos "especial", muito daquele brilho que nos encontramos na pessoa no inicio da relação vai sendo esquecido por muitas pessoas, e com o passar do tempo voce vai ficar para o(a) parceiro(a) uma pessoa cada vez mais vulgar. É justamente este vulgar, que por sua culpa ou não, faz com que a outra pessoa o mande dar uma volta...

Acabando com uma citação:

Seja voce mesmo, mas nao seja sempre o mesmo...


CD de Gabriel o Pensador...

2006/09/08

Subi a serra...


Subi a serra devagar...
Olhei o mundo em redor
Voei sobre a mancha de cor
Sorvi toda a tonalidade da encosta
E vi-te...
Desci a serra num ápice
Abandonando o cimo,o pico da tela
Cedi o quadro cinematográfico
Em que estava marchetado
Cimo, alto que mantinha afastado
Longe de ti...
Assim que te vi...
Corri, sou todo velocidade
Sinto-me leve, não obstante
Experimento a leveza da tua presença
Na minha alma fraca..
A força do teu sorriso transporta-me
Move-me a ti...
Chego ao vale da serra
Caio cansado...
Desperto de imediato para o sonho
Concilio mente e corpo
Capto-te num movimento leve
Semitransparente e turvo...
Sei que estou a sonhar...
Acordo...
Vou de novo subir a serra...
Vou de novo devagar...