2007/08/06

Caminhada à Barra...

O descanso chegou na sexta feira à noite. Devo dizer que me encontrava bastante cansado, com o passar das semanas a cabeça vai ficando cada vez mais cheia de pequenos problemas e estes começam a ter um peso significativo no nosso subconsciente. Antes de me dirigir para casa dei um salto no jumbo, precisava de preparar a comida para o Sábado, dia que sabia ser longo, ao sair do jumbo dei um salto pelo cinema. Para grande surpresa minha vi que o Van Wilder 2 tinha acabado de estrear, a minha segunda personalidade estava inclinada para o vale dos lençois, mas felizmente a outra morria de curiosidade e insistia em comprar o bilhete para as 21:40. À hora exacta encontrei-me eu sentado num distante H-15, estavamos 5 pessoas a ver o filme, o cenário fez-me lembrar a vez que fui mais o caro Claudio ver o Lord of War, eu na altura não dava um tostão furado pelo filme e saí de lá parvo das ideias. Desta vez era mais ou menos o mesmo, apesar da curiosidade, eu pensei sempre que este Van Wilder 2 não iria estar à altura, mas a verdade é que me rí como um tolinho. Confesso que o esquema é muito colado no anterior, mas fora isso é um belo filme da categoria humor light sem colestrol.

Chegamos a Sábado. Acordo e vejo o céu sem ponta de núvem. A minha ideia de ir até à barra a pé acabava de se tornar numa missão. Levantei-me cedo, às 8:00 já estava vestido, tinha o pequeno almoço tomado e a marmita preparada para o dia na barra. Saí de casa por volta das 8:10, andei ligeiro até chegar ao rotunda ao pé do forúm, depois aproveitei para tirar umas fotos, não podia perder a oportunidade de fotografar a ria com a luminosidade matinal que se fazia sentir.

Após algum tempo de paragem para admirar a beleza da ria, coisa que nunca tinha feito por nunca ter lá passado aquelas horas, lá retomei o caminho em direcção à Barra, confesso que ainda me senti tentado a tirar fotos durante o percurso, mas como era a primeira vez que o fazia sozinho corria o risco de me perder, portanto escolhi deixar as fotos para quando estivesse mais da praia. Passadas duas horas suadinhas de caminhada, lá cheguei à terra prometida. A primeira coisa que fiz foi pedir a uns gajos que estavam a fazer uma tainada que me enchessem a garrafa de água que eu fiz o favor de esvaziar durante a viagem. Os gajos eram simpáticos e até me ofereceram sardinhas e carne para comer. Confesso que me senti tentado, mas a vontade de mergulhar na água do mar era maior. Passados alguns minutos lá estava eu a provar o fresco das águas da Barra. É sempre a mesma sensação. À primeira dá-nos a impressão que estamos a entrar dentro de uma arca congeladora, mas depois é aquele serenar do corpo, o baixar da pulsação, a vontade de libertar o frio que se vai apoderando de nós, em braçadas contra as ondas. É sempre a mesma coisa, sempre espetacular, principalmente depois de duas horas a caminhar. Depois que saí da água senti-me novo, principalmente na parte dos pés. Retirada toda a sujidade corpórea era hora de voltar ao caminho, desloquei-me desde a barra até uma igreja que se encontra na costa nova, pelo caminho aproveitei para tirar fotos ao barcos que se encontravam atracados, lembrando a viagem do moliceiro com a malta do PMate, e às casas muito engraçadas e coloridas que caracterizam esta zona,



Mais à frente encontrei um cartaz que dizia,

imaginei de imediato um gajo na Austrália a pedir que lhe entregassem a lenha ao domicilio. É das coisas mais parvas que se poderia pensar, mas foi o suficiente para ir uns metros numa risota estúpida a imaginar um possível telefonema entre o australiano e o dono do pau. Alguns metros à frente encontrei um caminho em madeira que fiz questão de percorrer,

caminho este que acabou por me levar ao encontro de uma igreja que achei engraçada e nem sei sequer explicar porquê, fica aquí uma imagem da obra.

Quando me cansei de olhar pro monumento, que em boa verdade não é nada de especial retomei o passeio pelo caminho de madeira, andei um pouco mais, no entanto como não via nada digo de registo parei para “almoçar”. Na verdade o almoço era um misto de água, pêssegos, pão com queijo Camembert (este camembert deve ser um dos meus poucos vícios), e uns bolos de chocolate que comprei no jumbo na noite anterior,

no final desta primeira paragem para comer, devo dizer que pouco comi, voltei à barra, mas desta vez pela beira mar. Aproveitei para gozar o caminhar sobre a pequena rebentação da água. Ao chegar já perto do sitio onde iria passar o resto do dia de praia avistei um conjunto de barcos à vela que constituiam um registo visual bastante interessante,

O resto do dia foi passado entre idas à água e regressos à toalha, aproveitei ainda para dar umas corridas e para levar com o vento húmido na cara. A esta hora o peso da semana de trabalho já era quase nulo. Acho que se nos fosse disponibilizada uma hora para praia durante o horário laboral a produtividade aumentava drásticamente. Surgiro que se façam estudos nesta direcção. Por volta das 17:00 encontrava-me visivelmente cansado, não propriamente pelo desgaste físico, mas pela inconsistencia dos pães com queijo dos bolos que acabei por enjoar e dos pessegos que entretanto pareciam compota saida de um forno de altas temperaturas. Visto o cenário não ser o melhor decidi voltar para aveiro. Não, desta vez não fui a pé, fui procurar o sitio dos autocarros e passei por algumas coisas interessantes, a primeira foi um tal de mercado da barra que parecia consituida por um grupo de ciganos fugidos da feira de espinho,

a segunda aparição fez-me lembrar o amigo Máximus, não sei bem porquê,

andei durante mais algum tempo à procura de um autocarro até que me deparo com esta bela obra,

Aproveitei para comprar o bilhete e reparei que ainda faltavam cerca de 30 minutos para a viagem de regresso, como não tinha nada de interessante para fazer tirei mais algumas fotos,

Passado os 30 minutos dei por mim dentro do autocarro num dos lugares da parte superior, aproveitei a viagem para fechar os olhos e saborear de novo o prazer de levar com o vento na cara, quando os voltei a abrir ja estava em Aveiro. No regresso a casa aproveitei para passar pelo jumbo para ver uns produtos de campismo na sport zone e eis que me deparo com um belo moliceiro a frontear um dos edificios mais bonitos da cidade.

O resto do dia foi passado em cima de uma cama.

7 comentários:

Anónimo disse...

Mais um fim de semana do caralho! Tu ao menos é sempre em grande. Com o pelo rapado pareces um marine, o irmão da marina.

Balhau disse...

Essa piada foi tirada a saca rolhas. És cá dos meus. Hehee! Eu não sou irmão da Marina, mas não me importava nada de ser um dos amigos coloridos, desde que não me pintasse de cor de rosinha.

Anónimo disse...

O van wilder 2 está muito bom. E a gaja que só javardava? Brutal..
;)

Anónimo disse...

Aveiro é Aveiro. :)

Balhau disse...

Mariana: Sim a azeiteira da inglesa tá mesmo qualquer coisa, fez-me entender o sucesso do camarinha no algarve...

Vilela: Profundo! Hehe!

Anónimo disse...

Tens uma toalha cor-de-rosa...Q combina mto bem c/ aquele chapeu usado no moliceiro! ;)

Pormenores de bom gosto :)

Balhau disse...

Sempre simpática esta miuda...