Na arte de bem foder
O povo até mais não
Fica o colhão sempre a arder
De não ter nada, tocar à mão.
É escusado retrucar
Aqueles senhores do dinheiro.
Na verdade é sempre o mesmo
Que se fode o dia inteiro
Meu vizinho não quer saber
Minha avó já pouco escuta
Neste mundo todos querem comer
Do mesmo sítio a mesma fruta
Agora que aliviei num espirro
Aquilo que todos sentem
Devo realizar um retiro
Para entender como eles mentem
Mentem porque eu não os ouço
São o resultado da indiferença
Com este comportamento de moço
Qual será minha sentença?
Passo os dias a reclamar
Com a sociedade e a justiça.
Mas na hora de denunciar
Sou sem boca e cego de vista
Comiseração é o meu lema
Filosofia do coitadinho.
Ainda ontem virou tema
A história de um pobrezinho
Mas pobres sempre haverão
Porque há quem não queira trabalhar
Difícil é dar a mão
Aqueles que ajudas a explorar.
A sociedade é muito chique
Quando se trata de aparecer.
Com uma levis e umas nike
Fazes outros perecer.
Ah mas a vida é mesmo assim!
Dizes-me tu indiferente
Mas como queres meu caro amigo
Uma vida benevolente?
Queres que o mundo mude
Não te censuro o pedido
Mas se te peço atitude
Está logo tudo perdido!
Que dizer destes políticos
Manequins da sociedade?
Meus amigos, são os rebanhos
Da nossa mediocridade.
Não desças ao nível deles
Diz-me a voz da razão
Mas como é que a posso ouvir
Se me dói o coração
Por isso bem alto digo
De mente aberta, resoluta
Fazei da peida um figo
Seus grandes filhos da puta
2009/09/29
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