2007/09/10

Beijo no espectro da palma


Passeias como fogo brando
Por entre as malhas da roupa que trago vestida
Aquecendo o sótão onde me escondo.
Devolves-me paz.
Entregas-me de mão beijada
A mão trémula e húmida
Sopras-me ao ouvido sorrisos
Que trazes no teu olhar
Rodas e escondes o rosto
Mostras a fraqueza que não tens
Rodas de novo devagar
Expondo tudo o que és
Num movimento modular
És o trampolim onde salto
Em direcção à lua
A auto-estrada à felicidade
Que não é minha, nem é tua
É a mais bela cidade
No país do sentir
Um hino na verdade
Mais um prazer, um sorrir
Um lugar que me acalma
Um beijo no espectro da palma…

4 comentários:

Aurora disse...

É bom voltar a ler coisas lindas por aqui... ;)

Balhau disse...

Olha olha a senhora bióloga. Os bichos tem dado muito trabalho!? Obrigado pela visita! ;)
Eu conheço alguém que já fazia o favor de escrever com uma maior regularidade... Certas e determinadas pessoas, com certos e determinados estilos "poéticos" que se manifestam
"às vezes"...
;)

Aurora disse...

Se encontrar alguém com esse perfil, dou-lhe o recado! ;P

Balhau disse...

Já sabia que ias responder algo do género. Disfarça disfarça...