2007/09/30
Sem parar...
A vida é feito andar de bicicleta: se parar você cai.
Vai em frente sem parar, que a parada é suicida, porque a vida é muito curta e a estrada é comprida.
Você sobe e você desce na escada da vida e às vezes parece que a batalha tá perdida e que você voltou pro ponto de partida.
Vai à luta, levanta, revida!
Vai em frente, não se rende, não se prende nesse medo de errar, que é errando que se aprende que o caminho até parece complicado e às vezes tão difícil que você se surpreende quando sente de repente que era tudo muito simples - vai em frente que você entende.
Boa sorte, firme e forte, vai com a força da mente.
Vai sabendo que não há nenhum peso que você não agüente.
Vai na marra, vai na garra, vai em frente.
E se agarra no seu sonho com unhas e dentes.
Pra saber o que é possível é preciso que se tente conseguir o impossível, então tente!
Sempre alimente a esperança de vencer.
Só duvide de quem duvida de você.
Sem parar, sem parar, se parar você cai!
Demorou, demorou! Pedala aí!
Então não pára o movimento, vai em frente, vai!
Sem parar, sem parar, se parar você cai!
Demorou, demorou! Pedala aí!
Não repara no mau tempo que o sol já sai.
Vai em frente, sem parar que se parar você cai!
Vai em frente, enfrente, enfrenta, vai!
Vai agora, não chora.
Ignora a energia negativa lá fora, porque dentro de você existe um poder bem maior do que você pensa.
Vai atrás da recompensa e se houver inveja e se ouvir ofensa você responde com a força do perdão.
E aumenta sua crença cada que vez ouvir um não, porque todo não esconde um sim.
Ainda é só o começo, vá até o fim.
Aprenda nos tropeços, não olhe pro chão.
Olhe pro céu.
Olhe pra vida sempre de cabeça erguida que no fim do túnel tem uma saída, mesmo quando você não consegue ver a luz.
Feche os olhos que uma força te conduz.
Vai em frente, vai seguro, faz um furo nesse muro que o escuro se esclarece.
Vai em frente, simplesmente vai em frente que o futuro é um presente que a vida te oferece.
Sem parar, sem parar, se parar você cai!
Demorou, demorou! Pedala aí!
Então não pára o movimento, vai em frente, vai!
É na dor que o recém-nascido aprende a chorar.
Pra encontrar a cura você tem que procurar.
É no choro que o recém-nascido aprende a respirar.
Então respira fundo que a vitória tá no ar.
Vai indo, vai na tua, vai você.
Vai nessa, vai na boa, vai vencer.
Acredite no bem, que fazer o bem faz bem.
Faça o bem que faz acontecer.
Vai na fé, vai a pé, vai do jeito que der.
Vai até onde puder, vai atrás do que tu quer.
Vai andando, vai seguindo, vai pensando, vai sentindo, vai amando, vai sorrindo, vai cantando, vai curtindo, vai plantando e vai colhendo, vai lutando pela paz - vai dançando no ritmo que o tempo faz.
Vai de peito aberto.
Vai dar certo.
Confiante que o distante num instante fica perto.
Fica esperto, vai! Com a força de vontade.
Vai à vera, não espera a oportunidade.
Não aceita humilhação mas não perde a humildade.
E nunca abra a mão da sua dignidade.
Sem parar, sem parar, se parar você cai!
Demorou, demorou! Pedala aí!
Então não pára o movimento, vai em frente, vai!
Se parar você cai, se cair cê levanta.
Double Screen...
2007/09/27
2007/09/26
Gatos? Nunca mais!
2007/09/23
Um sábado corrido...
A tarde, supostamente era dedicada à leitura, mas como o meu pai ia andar de bike e eu ainda não tinha gasto a energia toda aproveitei e fiz-lhe companhia numa viagem que durou 2 horas. Notei um aumento drástico na preparação cardio muscular, resultado dos 20 km que faço diariamente em Aveiro até à barra. No final da viagem aí sim, encontrava-me visivelmente cansado,
repare-se no pormenor das cuecas em cima da cama, já tava tudo preparado para o segundo banho do dia.
O resto de fim de tarde foi passado à volta da preparação do jantar que consistiu em hamburgers caseiros,
confessem lá, vocês gostavam de ter uma mãe como a minha não gostavam!? Pois, mas isto não fica por aqui, há aqui algum de vós que tenha doce de figo feito pela mamã? Hum!? Aqui ficam algumas imagens da doçaria convencional,
notem que não é Feijão Alubia, é doce de figo, que alegria...
A noite foi passada à volta de conversas entre mim e o senhor marco acerca dos tópicos mais variados ligados à programação e desenvolvimento de software. A conversa durou cerca duas horas e apesar de se abordarem montes de tópicos foi tudo sob um ponto de vista muito introdutório. Foi engraçado, são daquelas conversas que não costumo ter com muita frequência dado a especificidade do tema, mas não deixam de ser assuntos que guardo com manifesto interesse.
Gatos...
Ah ainda um outro gato
disponivel para adopção, mas como há tanta gente a querer o bicho fica complicado decidir a quem entregar esta pérola...
P.S - Fico à espera de comentários ácidos e manifestas críticas à declarada "puta_da_mania" que aqui foi apresentada. Façam o favor de se esforçar...
2007/09/21
A E.S.T.S.P ( Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Porto )
Mensagem recolhida em:Desabafe Connosco
2007/09/19
The longest road
You lie in your bed like a submarine
With an open window letting the water in
A voice in a choir
A flicker of a fluorescent tube
An injured bird around the room
That was caught in the wire
So don't you go playing tough
I know this game and I had enough
So lets keep this clear
Free from all those little schemes
A little bit more like... dreams
Oh it's right in front of you
The longest road for you to walk through
If this is the place to start
Then go, follow your heart
You're famous for your dancing feet
But you're tap dancing on wet concrete
Hey Fred, cool it down
You're pointing cameras at hurricanes
Like you could stop them, lock them in frames
A scream with no sound
So don't you go and be the best
There's no one running, this ain't a test
It's you and me here
This is like nothing you've seen
Like a nightmare, like a dream
Oh it's right in front of you
The longest road for you to walk through
If this is the place to start
Then go, go, follow your heart
Follow your heart
Follow your heart
Senhor david da fonseca na sua estrada mais longa...
Sorriso de Criança
A vida tem um sabor tremendamente doce, o sorriso é algo que não consegues esconder porque a avidez de vida que sentes é algo que te cai fora do controlo. Cresces, aprendes, experimentas e torna-se adulto. Tens tudo para evoluir, mas tendes de uma maneira inacreditável a esquecer o poder dos sonhos e do sorriso, a deixar para trás a vontade de viver o dia como se fosse o último, de sorrir perante o que quer que seja, há muitas vezes a tendência de te deixares ir abaixo pelo acumular de micro problemas que te vão abatendo o espírito e minando o equilíbrio mental. Tendes progressivamente a esquecer o que é ser feliz, deixas gradualmente os sonhos de lado e vais ficando cada vez mais escuro, negro de nada. O que és tu sem sonhos? Sem o sorriso verdadeiro e traquina daquilo que foste enquanto sábia criança de dez anos? Na minha modesta opinião, não és mais que um saco cheio de pó, um sabor a mofo, uma brisa de seca poeira, um espelho a apontar para lado nenhum. És uma bússola sem rumo que tende a perder-se cada vez mais. Procuras muitas vezes na razão a explicação para os problemas e deixas-te vencer pelo cansaço. Pensas que evoluis mas estás na verdade a caminhar em sentido oposto. Para crescer e ser feliz tens de preservar a criança que foste, tens de esquecer os problemas do mundo e focar o problema imediato, segmentar os desafios e abordar um esquecendo os demais, divide e conquista, vence a frustração e o mau estar com a esperança, com a sede de viver daquilo que foste quando tinhas dez anos. Olha para os problemas como a hora do trabalho de casa, e repara que a hora do recreio está sempre à tua espera.
2007/09/18
Maré Tonitruante
Vens ao sabor do vento
Trazes contigo a paz
Saltas pelas barreiras
Voas leve como o ar
Num constante palpitar
Numa viagem até mim
Vens no comboio da luz
Que para mesmo aqui ao lado
Um sorriso que seduz
De um brilho singular
Passeias no encarnado do céu
A vontade de cantar
Cheiras o amarelo da areia
Sentes a brisa do mar
Olhas bem fundo a voz do sol
Sentes-lhe o trémulo gritar
Ele olha directo a ti
E grita alto, com tom suave
Vem até mim, luz encarnada
Quero-te perto, e agora
Quero respirar toda essa cor
Mergulhar nessa pintura
Essa matiz da utopia
Que esconde tudo o que és
Sentimento que extasia
Cinemática que guia
Onda viva, maré tonitruante...
2007/09/17
Fim de semana cansativo.
Simples não? A soneca soube tão bem! acreditem que não trocava este prazer por uma noite inteira na companhia da Jessica Alba (o mesmo não garanto se só contarem a viagem de Aveiro ao Porto, pah a carne é fraca). Chegado a casa foi tempo de convencer a minha mãe de que ainda me encontrava vivo e que, pelo que as últimas previsões da Maya apontam, eu ainda estou cá para chatear o pessoal mais algumas semanas. O resto do dia de sexta foi passado a dormir. Sábado? Sim outra correria. Levantei-me cedo e fui, já não o fazia há bastante tempo, com os meus pais ao quintal, tratar das galinhas, regar alfaces, arranjar mato seco prós pintainhos apanhar figos (eu participei essencialmente na parte em que estes se comiam) entre outras micro tarefas, no entanto o ponto alto da manhã passou pela brincadeira matemática que fiz com o meuo primo. Quem me conhece sabe muito bem que eu não sou nada apologista da “ciência decorada”, muito menos na parte da matemática. Isto vem ao propósito de quê? Perguntam vocês. Pois bem o puto tinha-me confessado saber já toda a tabuada. Como não tinha nada que fazer lembrei-me de por à prova os conhecimentos "taboadescos". O puto realmente sabia toda a lenga lenga, mas estranhei a maneira de raciocinar do puto. Vim mais tarde a descobrir que ele tinha decorado todas as multiplicações. A minha mãe disse-me que era normal, afirmou que nesta fase os putos tinham mesmo de decorar. Eu achei que não (como acho sempre). Comecei por lhe explicar a relação entre multiplicação e sucessivas somas, isto a princípio não entrou muito bem, o puto abanava com a cabeça a dizer que tinha entendido, mas eu reparei que ele estava na verdade a tentar-me despachar. Confesso que ainda fiquei mais frustrado. Pior que não entender é ter vergonha de não entender. A fase seguinte passou por mostrar ao moço que não saber era uma coisa perfeitamente normal e algo que ele não devia ter vergonha, esta foi a parte mais difícil, tive ainda de me fazer de burro para ele sentir que não havia problema nenhum em não saber o que quer que seja. Tentei fazer com que ele entendesse que a importância está no querer saber e não na quantidade de coisas que sabemos. Eu pensei inicialmente que ele não fosse ligar muito ao meu paleio, mas com o decorrer das perguntas e das piadas reparei me escutava realmente com bastante interesse, coisa que me agradou bastante. Depois de vista a multiplicação como uma sucessão de somas. Chegou a parte mais complicada, explicar o conceito de divisão (neste caso com o resultado sendo sempre um número natural). O ideal era o puto entender a relação inversa entre a multiplicação e a divisão, mas não tive tempo suficiente para chegar lá (acho que era capaz, mas precisava de mais exemplos) de qualquer das maneiras ele conseguiu entender a divisão a partir de um dos exemplos mais básicos (o problema de dividir um bolo em partes de maneira que um dado numero de pessoas ficasse com o mesmo numero de fatias). Tive que fazer vários exemplos porque a tendência dele era sempre decorar os passos em vez de os entender, eu compreendo que estava a exigir bastante mas a verdade é que ele se esforçou e conseguiu resolver os problemas, o que mais me deixou feliz foi o facto de ver interesse em pensar e a manifesta vontade que o jovem mostrou em não decorar. Não sei pedagogia e provavelmente devo ter cometido algumas infracções em alguns pontos essenciais desta ciência, de qualquer das maneiras o meu objectivo era simplesmente incutir no puto vontade e análise crítica, a capacidade de questionar o que quer que seja. Posso estar errado, mas é no que acredito. Há quem vá a Fátima porque acredita em milagres, santos e poderes sobrenaturais. Eu sou um bocado menos exigente, fico-me pelo tentar entender a maior parte dos conceitos e comportamentos que me rodeiam. Na minha cabeça isto faz sentido. Eu acredito neste ponto de vista e defendo-o sempre com bastante afinco, para não dizer obsessão, ou eufemísticamente, de uma maneira entusiasticamente exagerada. Acabo por ser um fanático da minha religião (a religião dos porquês. Não, esta religião não é patrocinada por aquele programa de rádio “qualquer_coisa dos porquês”), não deixando portanto de ter crenças como a generalidade das pessoas. Voltando à odisseia de fim de semana, o que se passou após este passear no campo consistiu numa visita ao mercado em S. Gonçalo. É sempre bom vermos montes de gente, reparar que se vendem bolos ao lado de galinhas e coelhos. Que se vendem óculos falsificados e reparar na cara mafiosa e entediante da maior parte dos comerciantes, digamos que é uma agradável maneira de passar o tempo, para quem o tem claro. A tarde foi passada dentro de um autocarro em direcção a Aveiro. Tinha um jantar de anos, da cara amiga Andreia. De presente dei-lhe uma joaninha de massagem, é pena ser a pilhas e não bateria de lítio, mas tirando isso pareceu-me um bom investimento. Paguei 10 euros pelo jantar mas valeu a pena, eu comi como um animal e acabei a digestão provavelmente à hora do lanche do dia seguinte. Houve somente uma parte que me preocupou durante o jantar, uma moça decidiu dar um presente à Andreia que também era proveniente da mesma loja, a Natura, eu quando vi o saco fiquei a pensar que a rapariga fosse para casa com um casal de joaninhas, mas felizmente a outra miúda deu-lhe uma outra bugiganga qualquer. O dia acabou às 2 da manhã. No domingo? Bem o dia começou cedo. Às 8 já estava a pé. A manhã foi passada numa viagem de bicicleta até à Vagueira. Andar de bicicleta é sempre rejuvenescedor. Desta vez tive o prazer de ver um desfile de motas, vi harleys antigas como tudo, umas pareciam mais bicicletas do tempo da Maria dos Tojos, outras pareciam tiradas dos filmes a preto e branco, mas a imagem geral era muito engraçada. Andei ao longo da praia da Vagueira e deliciei-me com o desfilar de miúdas "interessantes" que por ali paravam. Só tive pena de não levar máquina desta vez, se o tivesse feito este post iria ser muito mais interessante. A tarde foi um alternar de passeio e sesta, tivemos ainda uma viagem até à Stapples fomos lá comprar uma cadeira estilo barão da droga, eu aproveitei para ver os PCs e reparei na crescente qualidade dos produtos da acer, estão a vender um pc por 1300 euros que está simplesmente lindo, na minha modesta opinião claro, design idêntico ao do Sony Vaio e as componentes muito boas. A noite foi realmente bem mais interessante. Fomos à Sportzone, confesso que não estava inclinado para compras, mas acabei por investir numas sapatilhas que acho lindas (na verdade são a coisa mais banal), depois do momento consumista do dia, aproveitei para ir ver o “À prova de morte!” o último do Tarantino (ou Atarantado), o filme está brutal, vão ver.
2007/09/13
Passeio à beira mar
O dia convidava a um repousante serão encostado a uma almofada, uma daquelas alturas em que a nossa casa se apresenta como o melhor local a visitar. Estava um daqueles dias feios como tudo, as nuvens respiravam um ar pesado, o ambiente apresentava-se extremamente húmido e a temperatura encontrava-se estupidamente elevada. Apesar do cenário se revelar um dos mais feios do ano não me apetecia ficar em casa à espera que a noite viesse para me embalar em sonhos. Senti que apesar do calor que se fazia sentir, do aspecto feio do céu e da extrema luminosidade que me irritava os olhos, fazer uma viagem até à beira mar seria bastante gratificante. Nunca tinha visto o mar num dia tão feio como este. Como seria o rebentar das ondas na areia branca quando o sol não ilumina o suficiente para que esta brilhe como um infinito aglomerado de microscópicos corpos estrelares? Como seria o aspecto do largo manto de água à superfície? Será que aquele efeito espelhado que nos faz mergulhar em sonhos se consegue notar com estas condições adversas do clima? Sempre tive curiosidade em olhar para o mar revolto, em sentir a sua raiva, em imaginar naufrágios de marinheiros, lutas épicas entre o capitão gancho e o capitão Iglo. Cenários totalmente utópicos vindos directamente de um dos meus muitos mundos imaginários. Lembro a sensação estranhamente acolhedora. O movimento constante e bailarino do mar tentando o penetrar por entre o corpo fértil da areia é como uma espécie de sorriso no meio da cara grave e triste que o céu se encarrega de pintar. Recordo o pisar a areia, o sentir aquele refrescar meigo da água nos pés cansados, imagino a sensação de sentar e fechar os olhos, sentir a brisa do mar e inspirar o som dos búzios ausentes, imaginar mil contos de fadas, navegar em busca do tesouro como se fosse um Jack Sparrow a comandar um fantástico navio fantasma. Abro os olhos e caio de novo na realidade, encontro-me outra vez perante o dia feio e triste mas trago comigo a luz e a cor, os sonhos e sensações, o navio mágico e a alma de pirata, tudo isto pintado num sorriso alegre e livre de criança…
2007/09/11
2007/09/10
Jeremias o Fora da Lei...
Vou falar-vos de um curioso personagem
Jeremias o fora da lei
Descendente por linha travessa
Do famigerado Zé do Telhado
Jeremias dedicou-se desde tenra idade
Ao fabrico da bomba caseira
Cuja eloquência sempre o deixou maravilhado
Para Jeremias nada de assemelha
À magia da dinamite
A não ser, talvez, o rugir apaixonado
Das mais profundas entranhas da terra
E só quando as fachadas dos edifícios públicos
Explodirem numa gargalhada
Será realmente pública a lei
Que as leis encerram
Há quem veja em Jeremias
Mais uma vítima da sociedade
Muito embora eu tenha a esse respeito
Uma opinião bem particular
É que enquanto um criminoso
tem uma certa tendência natural para ser vitimado
Jeremias nunca encontrou razões
Para se poupar.
Porque nunca foi a ambição
Nem a vingança que o levou a desprezar a lei
E jamais lhe passou pela cabeça
Tentar alterar a constituição
Como um poeta ele desarranja o pesadelo
Para lá dos limites legais
Foragido por amor ao que é belo
E por vocação
Jeremias gosta do guarda-roupa negro
E dos gemidos do fora da lei
Gosta do calor da água ardente
E de seguir remando contra a maré.
Gosta da maneira como os homens respeitáveis
Se engasgam quando falam dele
E da forma como as mulheres murmuram
Fora da lei
Gosta de tesouros e mapas
Sobretudo daqueles que o tempo mais maltratou
Gosta de brincar com o destino
E nem o próprio inferno o apavora
Não estando disposto a esperar
Que a humanidade venha alguma vez a ser melhor
Jeremias escolheu o seu lugar
Do lado de fora
Jeremias escolheu o seu lugar do lado de fora…
Beijo no espectro da palma
Passeias como fogo brando
Por entre as malhas da roupa que trago vestida
Aquecendo o sótão onde me escondo.
Devolves-me paz.
Entregas-me de mão beijada
A mão trémula e húmida
Sopras-me ao ouvido sorrisos
Que trazes no teu olhar
Rodas e escondes o rosto
Mostras a fraqueza que não tens
Rodas de novo devagar
Expondo tudo o que és
Num movimento modular
És o trampolim onde salto
Em direcção à lua
A auto-estrada à felicidade
Que não é minha, nem é tua
É a mais bela cidade
No país do sentir
Um hino na verdade
Mais um prazer, um sorrir
Um lugar que me acalma
Um beijo no espectro da palma…
2007/09/07
Abrindo a alma...
É mais ou menos como um gradual despertar. A gente a início nem sabe sequer muito bem o que se está a passar connosco, sabemos que estamos a mudar, estamos sempre a mudar. Entre todas as mutações que vão ocorrendo normalmente no percurso da nossa vida, há umas que nos dizem mais, outras menos, mas todas contribuem para o evoluir daquilo que somos enquanto pessoa, enquanto entidade capaz de crescer e se adaptar ao mundo em que vive. Dependendo da personalidade de cada um, todas estas alterações que despoletam no nosso mundo, alterando a nossa forma de pensar, moldando o que fazemos durante o nosso quotidiano, são mais ou menos agressivas para a nossa alma. Entenda-se alma como sendo aquela parte de nós que tendemos esconder de tudo e todos, muitas vezes escondendo de nós próprios. Esta porção mágica constituindo aquilo que de mais belo temos é um ambiente no seu estado mais natural, é um oásis no deserto que muitas vezes mostramos ao exterior. Não acredito em pessoas desinteressantes, incapazes do que quer que seja. Quanto mais eu vivo, mais certeza tenho de ser fruto do mundo em que me encontro, do ambiente que me rodeia, do ar que respiro. O pequeno tesouro que cada um de nós traz escondido é como um embrião em fase de desenvolvimento, uma fase que dura na maior parte das vezes uma vida inteira para levar este ser mutante a um estado mais alto, à emancipação daquilo que somos enquanto entidade capaz, enquanto sujeitos portadores de ideias e mundos escondidos. Muitas das pessoas que conhecemos durante o decorrer da nossa vida tem um percurso menos feliz, são muitas vezes um resultado de traumas passados na infância, outras vezes são somente o resultado de um espírito mais fraco, de um subconsciente auto destrutivo que insiste em consumir a alma. A maior parte destas pessoas vive numa inquietude constante, odiando o que são, detestando a fraqueza que carregam consigo, traduzindo a sua existência num vazio completo. Felizmente são poucas as pessoas que conheço nesta situação psicológica que considero deplorável, grande parte das pessoas com quem convivo são relativamente fortes de espírito, encaram a generalidade das agressões ao seu estado mental de uma maneira bastante positiva e crescem com isso, fortalecem a sua personalidade em cada adversidade que ultrapassam, nutrem o espírito e libertam cada vez mais aquilo que são, aquilo que encerram no âmago escondido da alma. Acredito que o encontrar do homem consigo mesmo se revele não num certo momento mas sim com o concluir etapas, acredito no abrir pleno da alma quando vivemos aquilo que somos, aquilo que queremos ser, aquilo que projectamos encontrar no mundo em que vivemos. Tudo isto são ideias vagas, proposições facilmente refutáveis e uma teoria que tem, em boa verdade, uma origem romanceada numa visão primaveril daquilo que eu sou enquanto ser escondido, daquilo que eu vejo enquanto criança, enquanto espírito juvenil, mas não deixa de ser uma visão, uma interpretação do eu no mundo em que me encontro, uma projecção do meu ser, uma intersecção entre o que dou a conhecer e aquilo que verdadeiramente sou. Aspiro como todo o e qualquer humano a um constante abrir de alma e tenho toda a vida para o conseguir…
2007/09/06
Felicidade
Surge no abraçar esporádico
Ao sentir calor humano
Renasce num rasgado sorriso
Numa forma de alegria,
Um sentir de desengano
Motivo de euforia.
Altiva forma de estar
Leveza primaz de espírito
Serenidade que transpira
Um mar de bons eventos
No deserto de maus pensamentos
Comboio do bem sentir
Trazes cheiro a rosmaninho
Tens paladar definido.
Água benta que limpa
A sujidade da tristeza
A impureza do marasmo
A doença do não querer ser.
Independente de status
E classe social
Invariável na raça
Desconhecida da moral.
Moras mesmo aqui ao lado
Sempre à espera dum abrigo
Há gente que te abandona
Hoje vou dormir contigo…
2007/09/04
What I've Done
In this farewell
There's no blood
There's no alibi
Cause I've drawn regret
From the truth
Of a thousand lies
So let mercy come
And wash away
What I've done
I'll face myself
To cross out what I've become
Erase myself
And let go of what I've done
Put to rest
What you thought of me
Well I've clean this slate
With the hands
Of uncertainty
So let mercy come
And wash away
What I've done
I'll face myself
To cross out what I've become
Erase myself
And let go of what I've done
For what I've done
I start again
And whatever pain may come
Today this ends
I'm forgiving what I've done
I'll face myself
To cross out what I've become
Erase myself
And let go of what I've done
What I've done
Forgiving what I've done
Anjo da Guarda - Ramp
Anjo da Guarda
Eu tenho um anjo
Anjo da guarda
Que me protege
Noite e de dia
Eu tenho um anjo
Anjo da guarda
Que me protege
Noite e de dia
Eu não o vejo,
Eu não o oiço
Mas sinto sempre
A sua companhia
Ele não, não usa a arma
Não usa a força
Usa uma luz
Com que ilumina
A minha vida
Boa Sorte
É só isso, não tem mais jeito
Acabou, boa sorte
Não tenho o que dizer
São só palavras,
E o que eu sinto não mudará.
Tudo o que quer me dar
É demais é pesado
Não há paz
Tudo o que quer de mim
Irreais,
Expectativas
Desleais
Mesmo se segure
Quero que se cure
Dessa pessoa
Que o aconcelha
Há um desencontro
Veja por esse ponto
Há tantas pessoas
Especiais...
2007/09/03
Red Bull - Air Race
Conseguimos arranjar um spot perfeito, mas quando lá chegamos já lá se econtravam algumas, não muitas, dezenas de pessoas. Ficamos mesmo à beira rio, ao nosso lado tinha-mos a companhia duma família ainda bastante numerosa, uma rapariga relativamente bonita mas que pecava pelo excesso de maquiagem e que tinha a pecularidade de ter dois dedos dos pés unidos e isto acontecia nos dois pés. Do outro lado tinhamos a companhia de um senhor da força aérea que se encontrou a repousar em sono profundo até cerca das 9 horas.
Passados algum tempo o rio começou a ganhar vida. Os barcos tradicionais começaram a passear de um lado para o outro e apareceram lanchas particulares que acabavam por criar um movimento bastante interessante no leito do rio.
Até ao começo do evento propriamente dito, houve ainda tempo para assistir a umas ameaças, o pessoal nestas alturas é tudo menos civilizado. A gente levanta o rabo da cama cedo para poder ter lugar decente e depois vem as aves raras que se lembram de passar à frente das outras pessoas, aqueles idiotas armados em inteligentes. Foi engraçado, porque a certa altura um destes idiotas estava mesmo naquela do vai que não vai para ir parar ao rio, porque houve um monte de gente que se revoltou contra a esperteza saloiam, felizmente os gajos acabaram por se por no andor e acabou tudo por voltar à normalidade.
A prova começou por volta das 2 da tarde, foi efectuada uma contagem decrescente e algum tempo depois inicializaram-se as provas
O resto do dia foi passado a admirar as acrobacias e a tentar apanhar os aviões na maquina fotográfica, como era de esperar não foi possível captar grandes planos das maquinas voadoras, no entanto ficam aqui alguns exemplos do que se passou nos céus do Porto.