É marceneiro mas ousa
Fazer a caça ao leão
Matreiro como a raposa
Raivoso que nem um cão.
Arrogante e prepotente
Num discurso reboscado
Insultou dez reis de gente,
Perdeu e foi humilhado
Alguns dias já passaram
E é tal a letargia
Que por certo não findaram
Essas dores essa agonia.
Porquê não ser solidário
Com tão ilustre figura?!
Não sei mas vivo ao contrário
Ando em rios de ventura.
De todo o tempo que é tempo,
Ao tempo que agora corre
Reina só quem tem talento,
Não quem quer, mas sim quem pode.
Por te julgar compreender
Um conselho te vou dar
Já que tens a casa a arder
Pacheco atira-te ao mar.
Este é outro poema da autoria de Joaquim Pinto Fernandes.
2004/11/19
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